Execuções Sumárias, Relatório do Rio de Janeiro sobre - DHnet

QUESTIONÁRIO MODELO DA RELATORA ESPECIAL PARA EXECUÇÕES
EXTRAJUDICIAIS, SUMÁRIAS E ARBITRÁRIAS
I. Identidade da pessoa envolvida:
1. Nome de família: dos Santos Ventura
2. Prenome: Leandro
3. Sexo: Masculino
4. Data de nascimento ou idade: 6 de março de 1988
5. Nacionalidade(s): Brasileira
6. Estado civil: Solteiro
7. Documento de identidade:
8. Profissão e/ou ocupação: Estudante
9. Endereço de domicílio conhecido: Rua Cláudio Coutinho, nº 12, Cordovil, RJ.
10. Há ligação com outros casos/pessoas? Por favor, explicar:
Sim. Adriano Martins Viano (Sapinho) foi executado no Morro do Salgueiro no mesmo dia em
que foi pego e levado do Morro do Turano pela Polícia. Fábio dos Santos Silva desapareceu depois de
ser levado do Morro do Turano, no mesmo dia, pelos mesmos policiais.
II. Informação a respeito do ocorrido:
1. Data: 2 de maio de 2003.
2. Local: Morro do Turano
3. Hora: Aproximadamente às 19h
4. Natureza do ocorrido:
(a) N/A
(b) N/A
(c) outros (morte sob custódia, morte durante conflito com armas, morte devido ao uso
excessivo de força pela Polícia, morte devido ao ataque por parte dos agentes de segurança
do estado, paramilitares ou força de segurança privada, quebra da obrigação de investigar).
No dia 2 de maio de 2003, o menor Leandro dos Santos Ventura foi visitar alguns amigos
no Morro do Turano. Ventura estava sentado, em uma escadaria, esperando um ex-vizinho para
retornar para casa, quando começou a chover. Ele foi para um bar, que estava cheio e era próximo
à casa da mãe de seu amigo. Nesse momento, policiais do 6 o Batalhão da Polícia Militar
prenderam-no. Leandro começou a gritar que não era ladrão. Os policiais deram socos no
estômago e taparam a sua boca para que não se pudessem ouvir os seus gritos. Alguns policiais
ficaram com Leandro, enquanto outros subiram o morro. Estes então retornaram com o traficante
Adriano Martins Viano, conhecido como “Sapinho”, e outro homem chamado Fábio dos Santos
Silva, 25 anos. Os policiais algemaram os três na grade de ferro do bar e começaram a surrá-los na
frente de algumas testemunhas. Naquele momento faltou luz.
Posteriormente, os três foram colocados no carro da Polícia e levados, por volta das 20h.
De acordo com uma testemunha, o carro parou na cabine da Polícia na Rua do Bispo, perto da
Universidade Estácio de Sá, onde eles ficaram conversando com outros policiais. É importante
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