Oficina 1 - Maria Luiza Gava - Fundacentro

Palestrante: 

Seminário Nacional de Saúde Mental e Trabalho 

Maria Luiza Gava Schmidt 

São Paulo, 28 e 29 de novembro de 2008 

Oficina 1 

SAÚDE MENTAL E TRABALHADORES DA SAÚDE 

29 de Novembro de 2008 

Psicóloga. Pós-doutorado em Saúde Pública, USP. Psicodramatista filiada à Federação Brasileira de 

psicodrama e professora assistente da Universidade Federal Paulista. 

Seminário Nacional de Saúde Mental e Trabalho - São Paulo, 28 e 29 de novembro de 2008

Relatório Referente ao Diagnóstico Sobre o 

Processo Saúde/Doença no Trabalho 

Junto aos Profissionais da Enfermagem 

Responsável: Drª Maria Luiza Gava 

Schmidt 

Orientadora: Drª Frida Marina Fischer 

 

Faculdade de Saúde Pública - USP 


INTRODUÇÃO, HIPÓTESES E 

JUSTIFICATIVAS 

O mundo do trabalho na atualidade 

O campo da Saúde do Trabalhador 

Conceituação de condições e organização do 

trabalho 

Concepção de saúde/doença na abordagem 

sociodramática (conceitos de papel, tele, 

espontaneidade) 


OBJETIVOS 

Geral: avaliar aspectos das relações 

interpessoais que fazem parte dos ambientes 

de trabalho da instituição e a influência 

destas relações na saúde/doença dos 

trabalhadores. 


OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Analisar a influência dos modos de 

funcionamento da organização do trabalho na 

constituição das relações interpessoais no 

trabalho; 

Identificar questões sobre incivilidade no 

trabalho, que tratam das relações e conflitos 

entre colegas de trabalho, superiores e 

subordinados, e com todas as pessoas que 

fazem parte do ambiente; 

Avaliar a percepção dos participantes sobre as 

relações interpessoais no trabalho; 



 

 

 

Analisar as manifestações dos participantes, 

produzidas por meio das expressões verbais e 

não-verbais; 

Verificar os efeitos das relações interpessoais 

nas questões relativas à saúde e à segurança 

no trabalho; 

Dar oportunidade para os participantes de 

reconhecer modelos saudáveis ou não de 

relações interpessoais no trabalho; 



 

 

 

Permitir que os participantes experienciem 

alternativas diferentes de lidar com situações 

conflitantes no cotidiano de trabalho; 

Promover a coesão grupal; 

Contribuir para a ampliação da abordagem 

sociodramática na esfera organizacional, nos 

aspectos teórico e prático no campo da Saúde 

no Trabalho. 


ASPECTOS METODOLÓGICOS 

 

Local de Coleta de Dados: Complexo dos ambulatórios 

de especialidades. 

 

Justificativas da escolha do local: 

 

 

 

 

 

 

 

Modos de funcionamento da organização do trabalho 

Número de trabalhadores 

Exigências de responsabilidade no desenvolvimento das 

atividades 

Modalidades de comando, 

Trabalho em turnos 

Número elevado de trabalhadores afastados 

Indicadores de pesquisa anterior 


Continuação 

Sujeitos: 

Auxiliares/Técnicos de Enfermagem e 

Enfermeiros. 

Procedimentos para Coleta de Dados: 

Observação dos postos de trabalho e atividades 

grupais. 


DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS 

GRUPO 

LOCAL 

N.º DE 

PARTICIPANTES 

CARGA 

HORÁRIA 

(horas) 

N.º DE 

ENCONTROS 

N.º DE HORAS 

DE 

ATIVIDADES 

GRUPAIS 

A 

Sala de Reuniões 

da Educação 

Continuada 

18 

03 

09 

27 

B 

Sala de 

Treinamento da 

“Casa da Mão” 

12 

03 

01 

03 

C 

Sala de 

Treinamento da 

“Casa da Mão” 

13 

03 

01 

03 

D 

Sala de Aula do 

Departamento de 

Enfermagem 

19 

03 

03 

09 

E 

Reunião de 

Devolutiva 

08 

03 

01 

03 

TOTAL 

62 

15 

15 

45 


MÉTODO 

Abordagem qualitativa 

Análise fundamentada na Teoria 

Socionômica descrita por Jacob Levy 

Moreno. 


RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Papel Profissional: 

Identidade Profissional 

Escolha Profissional 

Posição Social do Trabalho 

Mercado de Trabalho 

Desempenho do Papel Profissional 

Obs: Implicações no processo saúde/doença 


PROCESSO DE TRABALHO 

 

 

 

Responsabilidade por pessoas; 

Responsabilidade pela segurança dos pacientes 

mediante a introdução de procedimentos; 

Responsabilidade por valores materiais 

(máquinas, equipamentos, entre outros); 



 

 

 

 

 

Ciclos repetitivos de trabalho; 

Exigências biomecânicas impostas por 

equipamentos; 

Exigências posturais; 

Demandas de discriminação precisa como (visão, 

audição); 

Demandas de atenção e concentração elevadas; 



 

 

 

Mudanças no processo de trabalho devido a 

reformas nos setores, implementação de novas 

tecnologias, transferência de postos de trabalho, 

entre outras; 

Atividade de intensa carga emocional devido ao 

contato diário com pessoas que necessitam de 

apoio e que vivem em situações de sofrimento; 

Outros fatores, como cuidados de segurança 

pessoal relacionados à execução de atividades que 

envolvem riscos químicos e biológicos. 


Continuação 

 

 

 

 

 

Demandas de atendimento 

Adaptação às mudanças 

Avanço tecnológico 

Imagem Institucional 

Carga Física e Psíquica 


AMBIÊNCIAS 

 

 

 

 

 

Fatores de risco 

Condições de conforto 

Estrutura física 

Recursos materiais 

Equipamentos 


REMUNERAÇÃO 

 

 

 

 

 

Necessidades básicas 

Duplo vínculo 

Benefícios 

Planos de carreira 

Formas de pagamento 


ESTRUTURA TEMPORAL 

 

 

 

 

 

Sistema de turnos 

Horário prescrito e real 

Distribuição do tempo livre (pausas, folga, férias) 

Itinerário 

Qualidade do sono 


CONTEÚDO DO TRABALHO 

 

 

 

 

 

Valor significativo das atividades 

Capacidade télica 

Desvio de função 

Divisão das tarefas 

Características das atividades 


QUESTÕES DE PERSONALIDADE 

 

 

 

 

 

Conservas culturais 

Aspectos individuais 

Aptidões 

Estratégias de defesa psicológica 

Experiência singular 


ESTRUTURA HIERÁRQUICA 

 

 

 

 

 

Organograma 

Estilos de gerenciamento 

Liderança 

Aspectos políticos 

Estrutura oficial x estrutura real 


FATORES PSICOSSOCIAIS 

 

 

 

 

 

Clima organizacional 

Espaço para expressão 

Relação com o ambiente de trabalho 

Apoio social 

Papel institucional 


POLÍTICAS DE SAÚDE E 

SEGURANÇA 

 

 

 

 

 

Concepção de saúde e doença 

Nexo causal 

Ações de vigilância em saúde 

Equipamentos de segurança 

Banalização da dor 


DESDOBRAMENTOS 

INSTITUCIONAIS 

 

 

 

 

Sistema de saúde brasileiro 

Falhas na assistência prestada aos trabalhadores 

pela instituição 

Ministérios 

Sindicatos 


DIMENSÃO RELACIONAL 

 

 

 

 

 

Capacidade télica 

Estratégias de poder 

Interação social 

Sentimentos 

Relações interpessoais 


SOFRIMENTO ÉTICO 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ofensa moral 

Desrespeito 

Defesas psicológicas contra o sofrimento 

Desconfiança 

Humilhação 

Falsidade 

Indiferença 

Negação psicológica do mal - estar 


SOFRIMENTO ÉTICO 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desqualificação das queixas 

Ofensa à dignidade 

Mentiras 

Distorções na comunicação 

Fadiga 

Apatia 

Sentimento de impotência na resolução de conflitos 

Preconceito 


PROPOSIÇÕES PARA 

PROMOÇÃO DA SAÚDE E 

BEM-ESTAR DOS 

TRABALHADORES DA 

ENFERMAGEM 


PROPOSIÇÕES: 

 

 

 

 

 

 

Propiciar espaços de interação social entre os 

trabalhadores; 

Propiciar espaços de expressão 

Permitir a participação na tomada de decisões; 

Valorizar a importância dos trabalhos realizados; 

Prever tempo de pausas para refeições; 

Incentivar a colaboração e cooperação; 



 

 

 

 

Apresentar clareza nas tomadas de decisão; 

Promover espaços que possibilitem o cultivo de 

valores éticos nos relacionamentos humanos; 

Dar atenção às queixas de sintomas de doenças 

apresentadas; 

Oferecer melhores condições de infra-estrutura e de 

materiais; 



 

 

 

 

 

 

Adequar o número de trabalhadores às demandas 

de atendimento; 

Reestruturar a elaboração de escalas inserindo 

substitutos de férias e demais eventualidades; 

Prever tempo de recuperação (pausas) de acordo 

com a carga de trabalho; 

Humanizar os postos de trabalho; 

Desenvolver liderança; 

Implementar aspectos do constitucionalismo: 

liberdade de expressão, tratamento imparcial e 

cumprimento dos direitos trabalhistas.

Oficina 1 - Maria Luiza Gava - Fundacentro

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