Download - Veterinarian Docs
Download - Veterinarian Docs
Download - Veterinarian Docs
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
V e t e r i n a r i a n D o c s<br />
www.veterinariandocs.com.br<br />
Genética<br />
Introdução<br />
Conceitos<br />
Gene: segmento de DNA que é expresso para produzir um produto funcional, o<br />
que pode ser RNA ou polipeptídeo.<br />
3 partes: seqüência reguladora, seqüência codificadora e seqüência terminadora.<br />
Éxons: parte codificadora de um gene<br />
Ínrtons: parte não codificadora de um gene, são removidos pelo splicing de<br />
modo que só os éxons são incluídos no mRNA. Quase todos os genes de histonas não<br />
têm íntrons.<br />
Função: papel importante no controle da expressão gênica, os íntrons<br />
permitem que os éxons de um gene sejam agrupados de formar diferentes, fazendo com<br />
que um gene sintetize proteínas diferentes, isso é chamado de splicing alternativo.<br />
Também facilita a recombinação entre regiões codificadoras de proteínas, processo<br />
conhecido como embaralhamento de éxons.<br />
Genoma: termo usado para designar o complemento total de DNA de um<br />
conjunto de cromossomos em uma célula.<br />
Procariotos: é organizado de uma forma que proporciona economia de<br />
espaço e de energia para a replicação do organismo, ‘organismos de replicação rápida’.<br />
Apresentam um único cromossomo circular. (haplóides). Presença de seqüências<br />
codificantes em ambas as fitas de DNA.<br />
1<br />
www.veterinariandocs.com.br
Eucariotos: genes interrompidos (éxons e íntrons). São organismos que<br />
apresentam o material genético nuclear de cada célula dividido em dois ou mais<br />
cromossomos. Genoma maior que o dos procariotos.<br />
Valor C: é uma grandeza característica de cada espécie e expressa a quantidade<br />
total de DNA presente em seu genoma haplóide.<br />
Paradoxo do valor C: a impossibilidade de correlacionar o tamanho do genoma<br />
com a complexidade das características morfológicas do organismo.<br />
Eucariotos: presença de núcleo individualizado.<br />
Procariotos: ausência de núcleo individualizado.<br />
Operon: um grupo de genes adjacentes transcritos como um único mRNA.<br />
Empacotamento do DNA: o DNA de uma célula apresenta um comprimento total<br />
de quase 2 metros. Portanto, é necessária uma compactação organizada que permita o<br />
armazenamento em uma microscópica célula.<br />
Como ocorre: a dupla hélice de DNA dá voltas em uma estrutura<br />
composta de proteínas básicas (histonas). DNA + histonas: Nucleossomo. Alças de<br />
solenóide prendem-se ao esqueleto do cromossomo por proteínas ácidas.<br />
Genoma extranuclear: (genoma mitocondrial) a mitocôndria possui genoma<br />
próprio, estas organelas se auto- duplicam e segregam ao acaso. Herança materna.<br />
Cromatina: as principais proteínas são as histonas.<br />
Centrômero: assegura a distribuição correta dos cromossomos duplicados.<br />
Servem de sítios de associação das cromátides irmãs.<br />
Telômeros: papel na replicação e manutenção do cromossomo. Transcriptase<br />
reversa: replica as seqüências dos telômeros.<br />
Seqüência de DNA repetitivo: mais de 50% do DNA dos mamíferos são<br />
compostos por seqüências de DNA altamente repetitivos. Estas seqüências incluem as<br />
repetições de seqüência simples assim como os elementos repetitivos que a moveram ao<br />
longo do genoma através de RNA ou DNA intermediários.<br />
Processamento de RNA: as alterações que ocorrem nos rRNAs e tRNAs são<br />
principalmente modificações de bases e são comuns tanto em procariotos como em<br />
eucariotos. (alguns tRNAs contem íntrons que devem ser retirados).<br />
Maturação de RNAs: os diferentes RNAs recém-sintetizados no processo de<br />
transcrição são chamados pré-RNAs, transcritos primários ou, ainda, precursores de<br />
RNAs. Muitas vezes, estes pré-RNAs não constituem em uma molécula funcional<br />
(RNA maduro). Só se tornando um RNA funcional após sofrerem uma série de<br />
modificações pós-transcricionais, as quais chamamos de processamento de RNA.<br />
2<br />
www.veterinariandocs.com.br
mRNAs de procariotos, com raras exceções, não sofrem processamento. Já mRNAs de<br />
eucariotos são altamente modificados, as modificações são de vários tipos: adição de<br />
nucleotídeo na extremidade 5’ (tradução, proteção). Adição de nucleotídeos na<br />
extremidade 3’ (poliadenilação – estabilidade). Retirada de fragmentos que<br />
interrompem as seqüências funcionais dos mRNAs (retirada de íntrons).<br />
Retirada de íntrons: de 3 formas: spliceossomos (complexo protéico), autosplicing<br />
(há 2 tipos de íntrons, 1 e 2) e alguns íntrons de tRNAs são retirados por<br />
endonucleases.<br />
Replicação<br />
Replicação: 3 etapas: início, alongamento e terminação. É um processo semiconservativo.<br />
DNA polimerase: papel na replicação e no reparo do DNA em eucariotos e em<br />
procariotos. Todos DNA polimerases sintetizam na direção 5’->3’.<br />
Forquilha de replicação: as fitas do DNA são separadas e servem como moldes<br />
para a síntese de 2 novas fitas na forquilha de replicação. Uma das fitas novas (fita<br />
líder) é sintetizada continuamente e a outra (fita atrasada) é formada pela união de<br />
pequenos fragmentos de DNA que são sintetizados reversamente com relação a direção<br />
da replicação. As DNA polimerases e várias outras proteínas atuam de maneira<br />
coordenada para sintetizar as fitas contínuas e descontínuas.<br />
As origens e a iniciação da replicação: a replicação do DNA é iniciado em<br />
origens de replicação específicas, as quais contém sítios de ligação para proteínas que<br />
iniciam o processo<br />
Telômero, telomerase, replicando as extremidades dos cromossomos: as<br />
seqüências repetidas, situadas nas extremidades cromossomais, são replicadas pela ação<br />
de uma transcriptase reversa (telomerase) que carrega seu próprio molde de RNA.<br />
Reparo de DNA:<br />
-Reversão direta de lesão: alguns poucos tipos comuns de lesões tais como<br />
dímeros de pirimidinas e resíduos de guanina alquilados, são reparados pela reversão<br />
direta da lesão.<br />
-Reparo por excisão: a maioria é reparada pela remoção do DNA lesado. A falha<br />
é resultante é preenchida por DNA recém sintetizado, usado como molde a fita integra.<br />
3<br />
www.veterinariandocs.com.br
-Reparo sujeito a erro: DNA polimerases especializados são capazes de replicar<br />
o DNA complementar a um sítio de DNA lesado, embora a ação dessas polimerases<br />
resulte em uma alta freqüência de incorporação de bases incorretas.<br />
-Reparo por recombinação: o DNA lesado pode ser substituído por<br />
recombinação com uma molécula integra. Esse mecanismo desempenha m papel<br />
importante no reparo de lesões encontradas durante a replicação do DNA, bem como no<br />
reparo de quebras da fita dupla.<br />
DNA polimerases: síntese de DNA (adiciona nucleotídeos na extremidade 3’ OH de<br />
uma região pareada do DNA, possibilitando o crescimento da cadeia no sentido 5’3’)<br />
Replicação: pode ser unidirecional ou bidirecional.<br />
Aparato proteico (auxiliam DNApolimerase):<br />
-DNA girase: auxilia no desenrolamento do DNA<br />
-Helicase: promove a separação das duas fitas para o inicio da duplicação.<br />
-Primase: síntese do iniciador de RNA.<br />
-Dna ligase: uma enzima que sela as quebras de uma fita de DNA.<br />
Fragmentos de okasaki: pequenos fragmentos de DNA que são unidos para formar a<br />
fita descontínua de DNA. (semi descontínua)<br />
Terminação da replicação:<br />
-unidirecional: começa e termina no mesmo ponto<br />
-bidirecional: começa num ponto e as fitas se sobrepõem, terminam em pontos<br />
diferentes.<br />
Adição de nucleotídeos: sempre na direção 5’3’<br />
*Nem todos os organismos têm o DNA como material genético. Como o retrovírus, tem<br />
RNA fita simples e a transcriptase reversa sintetiza cDNA.<br />
Transcrição<br />
Transcrição: processo pelo qual são sintetizados todos os RNAs da célula.<br />
O primeiro nucleotídeo transcrito é demarcado +1, e é geralmente uma purina (A ou G)<br />
A transcrição inicia-se no promotor e prossegue em direção ao terminador.<br />
4<br />
www.veterinariandocs.com.br
Procariotos:<br />
A RNA polimerase e a transcrição: RNA polimerases constituídas de<br />
subunidades α,β,β’,δ e ω. A transcrição é iniciada pela ligação de δ nas seqüências<br />
promotoras. Após a síntese dos 10 primeiros nucleotídeos do DNA, o núcleo central da<br />
polimerase se dissocia de δ e progride ao longo do molde de DNA à medida que alonga<br />
a cadeia de RNA. Então, a transcrição continua até que a polimerase encontre um sinal<br />
de terminação.<br />
Os repressores e o controle negativo da transcrição: o modelo prototípico para<br />
a regulação gênica em bactérias é o operon, o qual é regulado pela ligação de um<br />
repressor a seqüências específicas de DNA próximos ao promotor.<br />
Controle positivo da transcrição: alguns genes bacterianos são regulados através<br />
de atividades transcriocionais em vez de repressores.<br />
Eucariotos:<br />
RNA polimerase: as células eucarióticas contem 3 RNA polimerases nucleares<br />
distintas que transcrevem os genes codificando para mRNAs (polimerase II), rRNAs<br />
(polimerases I e III) e tRNAs (polimerase III).<br />
Fatores gerais da transcrição e a iniciação da transcrição pela rna polimerase<br />
II: as RNA polimerases eucarióticas não se ligam diretamente nas seqüências<br />
promotoras, elas exigem proteínas adicionais (fatores gerais de transcrição) para<br />
iniciarem a transcrição. As seqüências promotoras de muitos genes transcritos pela<br />
RNA polimerase II são identificados pela proteína de ligação (TATA), a qual recruta<br />
fatores de transcrição adicionais e a RNA polimerase para o produtor.<br />
TATA BOX: uma seqüência de DNA reguladora encontrada nos promotores de<br />
muitos genes eucarióticos transcritos pela RNA polimerase II.<br />
Transcrição pela RNA polimerase I e II: As RNA polimerases I e II também<br />
necessitam de fatores de transcrição adicionais para se ligarem aos promotores do genes<br />
para rRNA,tRNA e alguns snRNA.<br />
Etapas da transcrição: reconhecimento do promotor, iniciação, alongamento e<br />
término.<br />
Rna polimerases: enzimas que catalisam a síntese de RNA. Atuam sempre no<br />
sentido 5’3’. Não necessitam de primer e são compostas de múltiplas subunidades.<br />
Repressores eucarióticos: a expressão gênica em células eucarióticas é regulada<br />
tanto por repressores quanto por ativadores. Alguns repressores interferem com a<br />
ligação de ativadores ou de fatores gerais de transcrição do DNA. Outros repressores<br />
contêm domínios de expressão discretas que inibem a transcrição através da interação<br />
com fatores gerais da transcrição, com ativadores transcricionais ou co-repressores que<br />
afetam a estrutura da cromatina.<br />
5<br />
www.veterinariandocs.com.br
Regulação da transcrição por RNAs não codificantes: a inativação do<br />
cromossomo X fornece um exemplo da regulação gênica por RNA não codificante em<br />
mamíferos.<br />
Processamento e reciclagem do RNA:<br />
-Mecanismos de splicing: os splicing do pré-mRNA nucleares acontecem<br />
em grandes complexos chamados Spliceossomos, compostos por proteínas e RNAs<br />
nucleares pequenos. Os snRNAs identificam seqüências junto aos sítios de splicing dos<br />
pré-mRNA e catalisam a reação de splicing. Alguns RNAs mitocondriais e bacterianos<br />
sofrem auto-splicing, processo no qual a reação de splicing é catalisada por seqüências<br />
de íntrons.<br />
-Splicing alternativo: Os éxons podem ser unidos em várias combinações<br />
como resultado do splicing alternativo, o qual fornece um mecanismo importante para o<br />
controle tecido-específico da expressão gênica em eucariotos complexos.<br />
Degradação de RNA:: Os íntrons são degradados nos interiores da células e os<br />
mRNAs anormais, que não apresentam fases abertas de leitura, são eliminados pelo<br />
decaimento do mRNA mediado pela falta de sentido. Os mRNAs funcionais de<br />
eucariotos são degradados a taxas diferenciadas, gerando um mecanismo adicional para<br />
o controle da expressão gênica. Em alguns casos as taxas de degradação do RNA são<br />
regulados por sinais extra-celulares.<br />
Elementos reforçadores (enhancers): uma seqüência transcricional reguladora<br />
que pode estar localizada em um local distante do promotor. Aumentam a expressão dos<br />
genes. Podem estar a 5’ do promotor, após o terminador ou até muito distantes dos<br />
genes que reforçam. Sua ação requer proteínas que se expressam apenas em algumas<br />
células.<br />
Terminação: RNAs sintetizados pela RNA pol. III: terminação em regiões muito<br />
semelhantes àquelas dos terminadores ρ independentes. RNAS sintetizados pela RNA<br />
pol. I: terminação em seqüências específicas localizadas a 1000nt além do final dos<br />
RNAs processados. RNAs sintetizados pela RNA pol II: terminação em seqüências<br />
difusas que ocorrem a uma distância variável após o final dos RNAs processados.<br />
Fatores de transcrição: as RNAs polimerases de eucariotos sempre necessitam<br />
de fatores de transcrição (TFs) para iniciar a transcrição. Estes fatores são proteínas<br />
específicas que reconhecem os promotores eucarióticos e permitem a ligação da RNA<br />
polimerase.<br />
6<br />
www.veterinariandocs.com.br
Estrutura dos Ácidos Nucléicos<br />
Nucleotídeos: base + açúcar (pentose) + fosfato, base e açúcar formam a ligação<br />
glicosídica.<br />
2 tipos: ácido desoxirribonucléico (DNA)<br />
Ácido ribonucléico (RNA)<br />
2 tipos de pentose: Ribose RNA<br />
Desoxirribose DNA<br />
-Os nucleotídeos ligam-se uns aos outros por ‘pontes fosfodiéster’<br />
-Estrutura primária do DNA: dupla fita<br />
-Características essenciais: complementaridade e antiparalelismo.<br />
-Propriedade fundamental entre bases: pareamento<br />
Forças que atuam na estabilidade da dupla fita de DNA:<br />
Pontes de hidrogênio, forças iônicas, ligações covalente, efeitos hidrofóbicos,<br />
forças de Van der Waals.<br />
Açúcar + fosfato arcabouço<br />
As duas fitas apresentam-se enroladas em torno de um eixo comum (eixo da<br />
hélice).<br />
Desnaturação e renaturação do DNA: aumento da temperatura, ácidos ou álcalis,<br />
agentes desnaturantes (formamida, DMSO).<br />
Tradução:<br />
Como o mRNA é lido?<br />
É lido através do código genético:<br />
-Relação entre a seqüência de bases do DNA e a seqüência correspondente de<br />
aminoácidos na proteína.<br />
-Que, por sua vez, é lido em grupos de 3 nucleotídeos (trincas) códons<br />
7<br />
www.veterinariandocs.com.br
-Um códon um aminoácido<br />
-Quatro bases (A,U,G,C) 64 combinações possíveis de 3 bases.<br />
Propriedade do código genético: degeneração: mais de um códon codifica para o<br />
mesmo aminoácido. Ausência de ambigüidade: cada códon corresponde a um único<br />
aminoácido.<br />
Tradução: processo pelo qual o mRNA maduro é lido ou compreendido pelo<br />
maquinário ribossômico (rRNA e proteínas) e pelo tRNA. Desta forma os aminoácidos<br />
são colocados na ordem correta em uma cadeia polipeptídica formando as proteínas.<br />
RNA transportador: serve como adaptador que alinha aminoácidos sobre o molde de<br />
mRNA. Os tRNA aminoacil sintetase ligam-se aos AA e as tRNA apropriados, que<br />
então, ligam-se aos códons no mRNA pelo pareamento de bases complementares.<br />
Ribossomo: contém 2 subunidades, que são compostas de proteínas e RNAs<br />
ribossomais. O rRNA é o catalisador primário da formação da ligação peptídica.<br />
Processo de tradução: é iniciado pela ligação do tRNA e mRNA à subunidade<br />
ribossomal pequena. A subunidade grande junta-se ao complexo, e a cadeia<br />
polipeptídica estende-se até o ribossomo alcançar um códon de terminação no<br />
mRNA.Uma ampla variedade de fatores não ribossomais é necessária para a iniciação,<br />
alongamento e terminação da tradução.<br />
Regulação da tradução: a tradução de mRNA específicos pode ser replicado pela<br />
ligação de proteínas repressoras e por proteínas que posicionam os mRNA em regiões<br />
específicas da célula. A tradução de alguns mRNA é controlada por RNAs não<br />
codificantes que direcionam e degradam m RNA homólogos pela interferência do RNA.<br />
Finalmente a atividade traducional geral das células pode ser regulada pela modificação<br />
dos fatores de iniciação.<br />
Propriedades do código genético: universalidade: é o mesmo desde organismos simples<br />
a organismos muito complexos. Parece ter surgido muito cedo e permanecido<br />
conservado durante a evolução<br />
Características de tRNAs: são moléculas adaptadoras que transferem a informação<br />
contida no genoma a uma seqüência de aminoácidos que constitui as proteínas. São<br />
capazes de representar somente um aminoácido, ligando-se covalentemente a ele.<br />
Contém uma seqüência de trinucleotídeos, o anticódon, que é complementar ao códon<br />
do mRNA e representa um aminoácido.<br />
Etapas da tradução:<br />
-Alongamento: o alongamento da cadeia polipeptídica inclui todos os processo,<br />
desde a ligação dos primeiros aminoácidos até a adição do ultimo aminoácido do<br />
peptídeo. Os aminoácidos são adicionados isoladamente, sendo essa a fase que ocorre<br />
mais rapidamente durante a síntese. Após a formação do ribossomo completo no<br />
8<br />
www.veterinariandocs.com.br
processo de iniciação, o alongamento deverá ocorrer de forma contínua. Vários fatores<br />
de alongamento (proteínas não ribossomais) também participam desta etapa.<br />
-Iniciação: nesta fase ocorre a ligação da subunidade menor do ribossomo ao<br />
mRNA e a montagem do ribossomo completo. Várias proteínas, chamadas de fatores de<br />
iniciação, irão auxiliar nos passos básicos do processo de iniciação. A tradução sempre<br />
começa no códon de iniciação, sendo este sempre o codificador de uma metionina<br />
(AUG, em procariotos também GUG e UUG).<br />
-Translocação: o ribossomo realiza um movimento de translocação, avançando<br />
três nucleotídeos no mRNA. Com a translocação ocorrem 3 eventos coordenados: o<br />
tRNA não carregado é liberado no sítio P. o tRNA carregado move-se do sítio A para o<br />
sítio P. Uma nova trinca é exposta no sítio A.<br />
-Término: a terminação da síntese de proteínas ocorre pelo aparecimento no sítio<br />
A de trincas específicas de terminação. No código genético, 61 códons codificam<br />
aminoácidos, enquanto os códons UAA, UAG e UGA são os códons de terminação.<br />
Existem fatores que estarão relacionados com o término da tradução.<br />
Controle da Expressão Gênica em Procariotos<br />
Níveis possíveis de controle da expressão gênica:<br />
-Transcrição (inicio ou final)<br />
-Estabilidade do mRNA<br />
-Tradução (inicio ou final<br />
-Estabilidade da proteína sintetizada<br />
O que é a expressão de um gene?<br />
Produção do produto final dos genes, e o controle da expressão gênica é o<br />
controle desta produção.<br />
Mecanismos de controle transcricional<br />
-Fator sigma:<br />
-Regulação negativa: a regulação ocorre por meio de uma proteína<br />
repressora que se une ao DNA. Os genes sujeitos a controle negativo são normalmente<br />
expressados, a menos que a transcrição seja impedida pela ligação da proteína<br />
repressora ao DNA. Esta ligação do repressor ao promotor (DNA) é regulada por um<br />
sinal que pode induzir ou reprimir o repressor.<br />
9<br />
www.veterinariandocs.com.br
-Regulação positiva: aquela mediada por ativadores. Os ativadores<br />
unem-se a sítios adjacentes ao promotor, aumentando a afinidade da RNA polimerase<br />
por ele e favorecendo, portanto, a transcrição. Sem a presença do ativador, a ligação da<br />
RNA polimerase ao promotor pode ser quase nula. Esta ligação do ativador ao promotor<br />
(DNA) é regulada por um sinal que pode induzir ou reprimir o ativador.<br />
-Assim, nos sistemas induzíveis, a expressão dos genes somente ocorre quando da<br />
presença de um indutor. Já nos sistemas reprimíveis, a expressão somente ocorre na<br />
ausência do co-repressor.<br />
Operon como unidade transcricional e de controle da expressão gênica: O<br />
operon é uma unidade de expressão gênica que inclui tanto os genes estruturais como os<br />
elementos reguladores que controlam a sua expressão. Quando da transcrição de um<br />
operon a partir de seu promotor, um único mRNA é sintetizado, contendo as regiões<br />
codificadoras (cístrons) das diversas cadeias polipeptídicas. Este mRNA, chamado de<br />
policistrônico, tem cada um dos cístrons traduzido de forma independente, possuindo<br />
seus próprios sítios de ligação ao ribossomo, códons de iniciação e de terminação.<br />
Controle da expressão gênica<br />
Negativo<br />
Positivo<br />
Indução<br />
Proteína: Repressor<br />
Molécula: Indutor<br />
Indutor + repressor: não se liga ao<br />
operador, OCORRE TRANSCRIÇÃO<br />
Apenas repressor: se liga ao operador,<br />
SEM TRANSCRIÇÃO.<br />
Proteína: Ativador<br />
Molécula: Indutor<br />
Ativador + indutor: liga-se ao operador,<br />
OCORRE TRANSCRIÇÃO<br />
Apenas o ativador: não se liga ao<br />
operon, SEM TRANSCRIÇÃO<br />
Repressão<br />
Proteína: Repressor<br />
Molécula: Co-repressor<br />
Repressor + co-repressor: liga-se ao<br />
operador SEM TRANSCRIÇÃO<br />
Apenas repressor: não se liga ao<br />
operador,então a RNApoli. Se liga e<br />
OCORRE TRANSCRIÇÃO<br />
Proteína: Ativador<br />
Molécula: Co-repressor<br />
Co-repressor + ativador: não se liga ao<br />
operon, SEM TRANSCRIÇÃO.<br />
Apenas o ativador: se liga ao operon,<br />
OCORRE TRANSCRIÇÃO<br />
Prímer: nucleotídeos de RNA que tem a extremidade 3’OH livre, então a DNA<br />
polimerase pode adicionar mais nucleotídeos, a partir dali. Depois os primers são<br />
retirados pela ação da DNA polimerase I.<br />
10<br />
www.veterinariandocs.com.br
DNA polimerase III: exonuclease – correção de erros 3’5’<br />
Gene clássico<br />
operadora<br />
éxons<br />
promotora<br />
íntrons<br />
Região reguladora<br />
Região codificadora<br />
Região terminadora<br />
11<br />
www.veterinariandocs.com.br
Referências Bibliográficas<br />
BROWN, T.A. Genética, um Enfoque Molecular. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Editora<br />
Guanabara Koogan, 1999.<br />
12<br />
www.veterinariandocs.com.br