24.06.2015 Views

Seu exemplo pode ser seguido. Conserve seu veículo com ... - Detran

Seu exemplo pode ser seguido. Conserve seu veículo com ... - Detran

Seu exemplo pode ser seguido. Conserve seu veículo com ... - Detran

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PEDÁGIO<br />

Tarifas de pedágio têm aumento<br />

real de 30,22% acima da inflação<br />

As tarifas de pedágio<br />

cobradas pelas seis concessionárias,<br />

que exploram o chamado Anel da<br />

Integração, tiveram aumento real de<br />

30,22% acima do IPCA ±Índice<br />

Nacional de Preços ao Consumidor<br />

Amplo, índice oficial do governo<br />

federal para medição das metas<br />

inflacionárias.<br />

O índice de reajuste médio<br />

aplicado pelas concessionárias, de<br />

junho de 1998 a junho de 2007, foi de<br />

136,27%, bem acima da inflação do<br />

período medida pelo IBGE. A constatação<br />

foi feita por técnicos do Dieese -<br />

DepartamentoIntersindicalde<br />

Estatística e Estudo Socioeconômico.<br />

A pesquisa en<strong>com</strong>endada<br />

pelo Senge-PR ±Sindicatodos<br />

EngenheirosdoEstadodoParaná± <br />

revelaqueoreajustemaiselevado<br />

ficouporcontadapraça 1, da Ecovia,<br />

no município de São Josédos<br />

Pinhais (caminho das praias), onde a<br />

tarifa subiu de R$ 3,80 para R$ 10,90.<br />

O índice aplicado pela concessionária<br />

foi de 186,84%, ou seja, 58,09%<br />

acima da inflação.<br />

A Econorte, que explora a<br />

Praça 2, em Jataizinho, no Norte do<br />

Estado, aumentou a tarifa de R$ 3,70<br />

para R$ 9,50O índice de reajuste foi<br />

de 156,76 (41,51% acima da<br />

inflação). A tarifa da praça 5 da<br />

Rodonorte, em Tibagi, passou de R$<br />

2,80 para R$ 6,40 (128,57%, ou seja,<br />

25,98% acima da inflação). A Viapar<br />

também aplicou reajuste acima da<br />

inflação (18,84%) em sua tarifa na<br />

praça 5, em Campo Mourão. A tarifa<br />

passou de R$ 3,20 para R$ 6,90.<br />

A concessionária Rodovia<br />

das Cataratas fez sua tarifa da praça 3,<br />

em Cascavel, saltar de R$ 3,00 para<br />

R$ 6,20 (106,67%), <strong>com</strong> um<br />

aumento real de 13,90%. A<br />

Caminhos do Paranáemsuapraça 4,<br />

no município de Imbituva, reajustou<br />

a tarifa de R$ 2,80 para R$ 5,70<br />

(103,57%). O índice foi superior a<br />

Tarifas de pedágio têm aumentos abusivos no Paraná<br />

inflação do período em 12,20%.<br />

Para o secretário estadual de<br />

Transportes, Rogério Tizzot, a<br />

pesquisa divulgada pelo Dieese é<br />

maisuma<strong>com</strong>provação do ³absurdo<br />

que foi a implantação dos pedágios<br />

no Paranáporquealém da retirada<br />

de benefícios, as concessionárias<br />

tiveram o direito de acréscimos<br />

acima dos reajustes de contrato pelo<br />

acordo firmado no Governo Lerner.<br />

Esses acréscimos foram programados<br />

para valerem a partir de 2003. Ou<br />

seja, ele deixou a ³bomba relógio´<br />

paraoGovernoRequião´<br />

Tizzot destacou que o atual<br />

governo, por considerar que as<br />

tarifas são exorbitantes ³não<br />

autorizou nenhum reajuste a partir de<br />

2003. Assim, todos os reajustes<br />

aplicados pelas concessionárias<br />

foram por decisão judicial. O<br />

Governo do Estado continua <strong>com</strong><br />

ações na Justiça para reduzir o valor<br />

das tarifas´finalizou<br />

O presidente do Sindicato<br />

dos Engenheiros do ParanUlisses<br />

Kaniak ao tomarconhecimentoda<br />

pesquisadepreços do Dieese, disse<br />

que a entidade entende que existe um<br />

abuso das concessionárias contra os<br />

usuários das rodovias paranaenses.<br />

³Não existe motivo para reajustes<br />

nestenível, mesmo porque a gente<br />

não vêtantasbenfeitoriasA gente<br />

sabequeofluxodeveículos<br />

aumenta a cada ano, mas que este<br />

aspecto não élevadoemcontapelas<br />

concessionárias´disse<br />

Segundo ele, estudos feitos<br />

pelo IPEA ±InstitutodePesquisa<br />

Econômica Aplicada ±revelamque<br />

naEuropaolucromédio das<br />

empresas de pedágio gira em torno<br />

de 12%, nos Estados Unidos, 15%, e<br />

no Brasil, 18%. “Entretanto, a<br />

mesma pesquisa mostra que existe<br />

no Paranáumaempresacujolucro<br />

chega a 66%. Apesquisanão cita o<br />

nome da concessionária, mas não é<br />

difícil imaginar qual seja.”<br />

Kaniak fez questão de<br />

destacar que o Sindicato dos<br />

Engenheiros do Paranátem³ uma<br />

posição de muitos anos contrária aos<br />

pedágios, por entender que existem<br />

verbas suficientes para a manutenção<br />

das rodovias brasileiras. No<br />

Paranáhouveumsucateamentodas<br />

rodoviasjustamenteparaprovocar<br />

aprivatização a partir de 1998."<br />

Cassemira de F. da Maia Kopycki CRP 08/04164<br />

Psicóloga Perita e Especialista em Trânsito e Saúde Mental PUC/PR<br />

Atuando no Setor de Avaliação Psicológica convênio PUC/DETRAN-PR<br />

O aumento acentuado da<br />

frota automobilística nos últimos<br />

anos está saturando nossas ruas,<br />

avenidas, provocando enormes<br />

congestionamentos, tornando o<br />

tempo médio de deslocamento entre<br />

um ponto e outro de uma grande<br />

cidade cada vez maior, principalmente<br />

nos horários de pico, que são<br />

no início da manhã e final da tarde.<br />

Segundo as estatísticas<br />

realizadas pelo DETRAN / PR<br />

(2006), a frota de veículos só na<br />

cidade de Curitiba aumentou 6,21%<br />

de 2005 para 2006 e estima-se que<br />

neste ano ela chegue a um milhão de<br />

veículos, concluindo que para cada<br />

dois habitantes um possui veículos.<br />

Com o aumento da frota,<br />

causando congestionamentos, maior<br />

poluição sonora provocada por<br />

motores e buzinas, motoristas<br />

imprudentes e pedestres que não<br />

respeitam as regras de circulação,<br />

espera-se também o aumento de<br />

estresse e conseqüentemente o<br />

aumento dos índices de acidentes,<br />

provocados principalmente por falha<br />

humana, fazendo <strong>com</strong> que o <strong>com</strong>portamento<br />

agressivo de um motorista<br />

desencadeie a agressividade do outro,<br />

resultando num quadro caótico de<br />

motoristas mal-humorados, agredindo-se<br />

mutuamente , aumentando<br />

mais a violência urbana.<br />

H E N N E S S Y E<br />

WIESENTHAL (1997, citado por<br />

Presa, 2002), têm realizado estudos<br />

sobre o estresse, mensurando a<br />

predisposição ao mesmo e as reações<br />

dos motoristas ao passar pela<br />

experiência de condições de congestionamento<br />

no trânsito e encontraram<br />

uma grande variedade de<br />

<strong>com</strong>portamentos direto e indiretos<br />

provenientes dos motoristas em<br />

situações de grandes congestionamentos,<br />

enfrentando também<br />

<strong>com</strong>portamento provocativo de<br />

outros motoristas ou pedestres,<br />

xingamentos, palavrões, ofensas<br />

morais, etc. Concluem que o estresse<br />

ao volante está se tornando uma<br />

síndrome típica em motoristas de<br />

grandes centros urbanos que usam o<br />

automóvel diariamente.<br />

Para VASCONCELOS<br />

(1998), o trânsito é uma disputa pelo<br />

espaço físico, que reflete uma<br />

disputa pelo tempo e pelo acesso ao<br />

equipamentos urbanos é uma<br />

negociação permanente do espaço,<br />

coletivo e conflituoso. E essa<br />

negociação, dadas as características<br />

de nossa sociedade, não se dá entre<br />

pessoas iguais: a disputa pelo espaço<br />

tem uma base ideológica e política;<br />

dependendo de <strong>com</strong>o as pessoas se<br />

vêem na sociedade e de <strong>seu</strong> acesso<br />

real ao <strong>pode</strong>r.<br />

Nessa disputa pelos espaços<br />

surgem divergências de idéias, de<br />

valores, de cultura. E a negociação<br />

que deve ocorrer no trânsito nem<br />

sempre acontece. Os condutores<br />

ficam então, nervosos, ansiosos e<br />

estressados, traçando um caminho<br />

para a luta e a agressividade no<br />

trânsito.<br />

De acordo <strong>com</strong> STORR<br />

(1970), não <strong>pode</strong> haver dúvida de<br />

que o homem também é um animal<br />

territorial. Mesmo em circunstâncias<br />

tão remotas do primitivo <strong>com</strong>o na<br />

civilização ocidental contemporânea,<br />

a área rural é demarcada por<br />

22 23<br />

ARTIGO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!