A Coroa pelo bem da agricultura e do comércio - Arquivo Nacional
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CONCLUSÃO<br />
Esse trabalho foi realiza<strong>do</strong> como parte <strong>do</strong> esforço <strong>do</strong> Grupo de Pesquisa em<br />
Memória <strong>da</strong> Administração Pública Brasileira <strong>do</strong> <strong>Arquivo</strong> <strong>Nacional</strong> (MAPA) em<br />
investigar a estrutura administrativa responsável pela <strong>agricultura</strong> no perío<strong>do</strong> anterior<br />
à criação <strong>da</strong> Secretaria de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Negócios <strong>da</strong> Agricultura, Comércio e Obras<br />
Públicas, em 1860, órgão que é considera<strong>do</strong> o embrião <strong>do</strong> atual Ministério <strong>da</strong><br />
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Nossa intenção foi elaborar um primeiro<br />
movimento nesse senti<strong>do</strong>, estabelecen<strong>do</strong> como recorte o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasil colonial de<br />
1500 a 1808.<br />
Primeiramente, buscamos entender qual o papel <strong>da</strong> <strong>agricultura</strong> dentro <strong>do</strong><br />
processo de colonização promovi<strong>do</strong> por Portugal em terras brasileiras. Resultante de<br />
um processo de expansão territorial efetua<strong>do</strong> por motivações essencialmente<br />
comerciais, a colonização portuguesa visava sempre integrar novos territórios às<br />
ativi<strong>da</strong>des mercantis <strong>do</strong> reino, não sen<strong>do</strong> o Brasil uma exceção. Assim, a <strong>agricultura</strong><br />
aqui implanta<strong>da</strong> estava integra<strong>da</strong> nessa grande empresa comercial que era o império<br />
ultramarino português, e obedecia às necessi<strong>da</strong>des e interesses <strong>da</strong> <strong>Coroa</strong>.<br />
A essa perspectiva econômica podemos integrar a perspectiva administrativa,<br />
uma vez que era preciso organizar e estimular o desenvolvimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de<br />
agrícola e <strong>da</strong> ocupação territorial frente às ameaças externas. Forma-se assim, como<br />
nosso objeto de estu<strong>do</strong>, um to<strong>do</strong> composto por duas partes, uma econômica e outra<br />
administrativa, que interagem de forma dinâmica durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> estu<strong>da</strong><strong>do</strong> e<br />
que nos servem de substrato para entender a questão que procuramos estu<strong>da</strong>r; são,<br />
assim, duas perspectivas que servem de matéria-prima para nosso trabalho.<br />
A partir <strong>da</strong>í, estu<strong>da</strong>mos o debate historiográfico construí<strong>do</strong> sobre essas duas<br />
matérias e chegamos a algumas conclusões. A ideia de um “senti<strong>do</strong>” estritamente<br />
comercial à colonização brasileira, sob o qual as estruturas de exploração agrícola<br />
estariam condiciona<strong>da</strong>s, encaixa-se mais adequa<strong>da</strong>mente à visão que estamos tentan<strong>do</strong><br />
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