FUNDAMENTOS DO CONCRETO ARMADO - Unesp
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Capítulo 2 – Fundamentos do Concreto Armado 14<br />
material. O coeficiente define a deformação correspondente a uma variação de temperatura de 1°<br />
C. No caso do concreto armado, para variações normais de temperatura, o valor para α te<br />
recomendado é de 10 -5 /ºC (NBR 6118/03, item 8.2.3).<br />
Na versão anterior da NBR 6118, de 1980, era permitido dispensar-se a variação de<br />
temperatura em estruturas de concreto interrompidas por juntas de dilatação a cada 30 m, no<br />
máximo. A norma atual (NBR 6118/03), porém, não traz recomendações de como o problema da<br />
dilatação térmica nas estruturas pode ser tratado de modo simplificado. Neste caso, pelo menos<br />
nas estruturas correntes ou de pequeno porte, sugerimos que esta simplificação seja mantida, isto<br />
é, prever juntas de dilatação a cada 30 m de comprimento da estrutura em planta (Figura 2.24).<br />
Em construções onde não se deseja projetar juntas de dilatação os efeitos da variação de<br />
temperatura sobre a estrutura devem ser cuidadosamente avaliados pelo projetista estrutural,<br />
durante a concepção estutural e nos cálculos de dimensionamento da estrutura.<br />
A junta de dilatação é uma separação real da construção e da estrutura em blocos<br />
independentes, e quando convenientemente espaçadas permitem que a estrutura possa ter<br />
variações de volume livremente, sem que esforços adicionais importantes sejam impostos à<br />
estrutura e que, por isso, podem ser desprezados.<br />
Junta de dilatação<br />
Bloco A<br />
Bloco B<br />
Figura 2.24 – Separação da estrutura por juntas de dilatação.<br />
No desenvolvimento de projetos arquitetônicos de construções com grandes dimensões em<br />
planta, um engenheiro estrutural deve ser previamente consultado para a definição conjunta do<br />
número e da posição das juntas de dilatação.<br />
2.4.5.2 Deformação por Retração<br />
Define-se retração como a diminuição de volume do concreto ao longo do tempo,<br />
provocada principalmente pela evaporação da água não utilizada nas reações químicas de<br />
hidratação do cimento. A retração do concreto ocorre mesmo na ausência de ações ou<br />
carregamentos externos e é uma característica comum e natural dos concretos.<br />
Para a hidratação de 100 g de cimento são necessárias aproximadamente 26 g de água, isto<br />
é, uma relação água/cimento de 0,26. Ocorre que, nos concretos correntes, para proporcionar a<br />
trabalhabilidade requerida, a quantidade de água adicionada ao concreto é bem maior que a<br />
necessária, levando a relações a/c superiores a 0,50. A posterior evaporação da água não utilizada<br />
nas reações químicas de hidratação do cimento é a principal responsável pela diminuição de<br />
volume do concreto, o que se denomina “retração capilar”.<br />
Porém, existem também outras causas para a retração, denominadas “retração química”,<br />
que decorre do fato das reações de hidratação do cimento ocorrerem com diminuição de volume, e<br />
a “retração por carbonatação”, onde componentes secundários do cimento reagem com o gás