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A influência do clima na infiltrabilidade do solo 65<br />

A partir da Figura 5, observa-se a variação da umidade entre os períodos de janeiro e<br />

agosto-setembro de 2010 para os mesmos horizontes dos diferentes perfis estudados. A análise<br />

aponta para a profundidade de 1 m como sendo a camada que apresentou, entre os meses<br />

de janeiro e agosto-setembro, as maiores diferenças de umidade, entre 6 e 14%. O Poço 8<br />

excepciona esse comportamento ao indicar que as maiores perdas para o respectivo período<br />

ocorreram em 3 m de profundidade.<br />

Figura 5. Diferença sazonal de umidade (w nat<br />

) entre os meses de janeiro e agosto-setembro de 2010:<br />

perfis situados nas regiões norte e sul de Goiânia/GO (Luiz, 2012).<br />

Para o horizonte de 2 m, as variações das umidades indicadas para o período entre janeiro<br />

e agosto-setembro incidiram perdas de 3 a 10%, exceto para o Poço 3, o qual indicou<br />

variação no período de apenas 0,21%. Para 3 m de profundidade, as perdas mais expressivas<br />

de umidade entre janeiro e agosto-setembro podem ser observadas, para os perfis representativos<br />

dos Poços 7.1 e 8, respectivamente, 12 e 8%.<br />

As maiores diferenças indicadas para o Poço 7.1 em 2 e 3 m de profundidade pode ter<br />

relação com o fato de que esse poço encontra-se inserido em uma região cuja geomorfologia<br />

regional indica área de Chapadas, com consideráveis níveis de concrecionamento, referenciada<br />

por Casseti (1992) como uma área de recarga.<br />

A Figura 6 apresenta a análise das diferenças nos valores de umidade especificamente<br />

no perfil, entre os horizontes 1 e 3 m, considerando os distintos momentos do ano de 2010.<br />

Observa-se uma tendência de aumento nas diferenças de umidade ao longo do perfil, conforme<br />

se aproximam os meses mais secos, quando as perdas são mais intensas nos horizontes<br />

mais superficiais.<br />

No mês de janeiro, as precipitações constantes permitem que o perfil seja alimentado<br />

com a água de precipitação, ocorrendo, muitas vezes, umidades mais elevadas na superfície<br />

do terreno. Em perfis bem drenados, a rápida descarga da água infiltrada contribui para a<br />

tendência de ocorrerem perfis de umidade com valores mais homogêneos. Ao contrário, em<br />

agosto-setembro, a escassez de chuva associada à baixa umidade atmosférica exerce influência<br />

nos horizontes superficiais, fazendo com que tais horizontes apresentem valores de umidades<br />

mais baixos. Nesses meses, os horizontes mais profundos recebem influência mais direta do<br />

nível freático, contribuindo para uma diminuição menos significativa dos valores de umidade,<br />

do que as verificadas nos horizontes mais superficiais.

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