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62<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

As temperaturas de superfícies indicando valores mais elevados e apresentando coincidência<br />

espacial principalmente com as superfícies cuja orientação são voltadas para o<br />

quadrante norte (N), encontram-se relacionadas com a cobertura do solo, especificamente<br />

aquelas com pastagem e solo exposto. A análise temporal ressalta o papel da sazonalidade<br />

climática de Goiânia e a variação da umidade do solo.<br />

Tabela 9. Coincidência espacial entre orientação das vertentes com a temperatura aparente da<br />

superfície do terreno (°C): Goiânia/Go em 29/08/2010 (Luiz, 2012).<br />

Temperatura Orientação das vertentes (área %)<br />

da superfície (°C) Norte Nordeste Noroeste Leste Sudeste Sul Sudoeste Oeste<br />

15,2 – 24,2 0,40 0,33 0,44 0,36 0,52 0,46 0,50 0,43<br />

24,3 – 27,2 1,41 1,27 1,63 1,26 1,55 1,64 1,64 1,67<br />

27,3 – 29,7 3,59 2,76 4,31 2,74 3,17 2,95 3,27 3,91<br />

29,8 – 32,2 6,93 6,45 5,77 5,21 3,92 2,92 2,84 3,93<br />

32,3 – 35,4 3,03 3,06 2,15 2,45 1,51 1,05 1,18 1,38<br />

35,5 – 51,6 0,95 0,80 0,54 0,65 0,36 0,19 0,19 0,33<br />

Os estudos microclimáticos em solos tropicais permitem a caracterização da temperatura<br />

na fronteira solo-atmosfera. Esse atributo constitui-se em importante parâmetro na análise<br />

do comportamento dos solos tropicais quanto à variação do perfil de umidade. Sua importância<br />

é evidenciada principalmente quando se considera o nível de intervenção antrópica e a alteração<br />

do balanço de energia entre a superfície e a atmosfera, intrínseco a essas intervenções.<br />

3.3 Caracterização químico-mineralógica e geotécnica dos perfis de solos estudados<br />

As propriedades químico-mineralógicas e geotécnicas dos perfis de solos estudados,<br />

bem como o comportamento sazonal da infiltração foram realizados até 3 m de profundidade,<br />

pois, de um modo geral, a zona ativa de interação com a atmosfera se limita regionalmente a<br />

essa cota. Para o poço 1, no entanto, o estudo foi feito até a profundidade de 4 m. A apresentação<br />

e discussão dos resultados contemplaram a divisão do Município de Goiânia entre porção<br />

norte e porção sul. Essa divisão obedeceu unicamente à influência da litologia predominante<br />

na região, uma vez que a região norte é dominada por rochas granulíticas e a região sul por<br />

rochas xistosas e quartizíticas.<br />

Considerando as regiões norte e sul de Goiânia sob influência, respectivamente, dos<br />

granulitos e das rochas xistosas e quartizíticas, as análises químicas indicaram solos ácidos e<br />

altamente lixiviados. Foram encontrados valores negativos de ΔpH (ΔpH = pH em água - pH<br />

em KCL) até 2 m de profundidade, o que pode estar associado a uma possível deposição do<br />

solo advindo de montante dos perfis estudados.<br />

As análises mineralógicas indicaram solos com quantidades expressivas de óxidos e<br />

óxido-hidróxidos de Al e Fe, o que confere estágio avançado de evolução dos perfis estudados,<br />

com o predomínio da gibbsita seguida da caulinita, da hematita e da goethita. Entretanto,<br />

a presença de minerais do tipo 2:1 nos Poços 3, 5 e 7 indicaram, ao longo do perfil,<br />

camadas constituídas por solos menos evoluídos, evidenciando intemperismo diferenciado.

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