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A influência do clima na infiltrabilidade do solo 59<br />

As tendências indicadas para os atributos do clima precipitação, temperatura do ar e<br />

umidade relativa do ar, analisados a partir da série histórica de 1961 a 2008, Luiz (2012)<br />

aponta para a importância que os fenômenos de escala local, como consequência da ocupação<br />

humana, assim como a dinâmica regional das massas de ar, adquirem nas análises do comportamento<br />

dos atributos climáticos. Afirma que, mediante o comportamento desses atributos<br />

climáticos, a cidade de Goiânia apresentou, para a primavera, o outono e o inverno, variações<br />

mais expressivas.<br />

Essas variações indicam a diminuição do número de chuvas acima de 40 mm na primavera.<br />

Indicam também tendências positivas nos valores da T máx.<br />

e da T mín.<br />

para a primavera,<br />

o outono e o inverno, associados à tendência negativa significativa nos valores da umidade<br />

relativa do ar.<br />

Mediante essas variações, é possível considerar que, em Goiânia, existe uma forte tendência<br />

para a antecipação do período seco no outono e o seu prolongamento durante a estação<br />

da primavera, apontando para o prolongamento do período seco no decorrer do ano.<br />

Esse aspecto, associado à tendência de elevação da temperatura do ar e às baixas amplitudes<br />

térmicas, pode contribuir para precipitações mais intensas no período chuvoso como forma<br />

de equilíbrio. Nesse sentido, a maior taxa de infiltração e capacidade de armazenamento<br />

oriundo da perda de umidade do solo devido à atuação de temperaturas mais elevadas é compensada<br />

pelo maior volume de água precipitado. Cabe lembrar que a fase ar contínua pode<br />

atuar bloqueando a infiltração, gerando maior fluxo superficial quando ocorrem precipitações<br />

mais intensas.<br />

3.2.2 Análise da variação da temperatura aparente da superfície do terreno:<br />

inverno/2010<br />

Por meio de modelos obtidos a partir de imagens termais (Landsat-5), Luiz (2012) analisou,<br />

para o inverno do ano de 2010, a variação espacial e temporal da dinâmica da temperatura<br />

de superfície no município de Goiânia nos dias 12/07 e 29/08, conforme pode ser<br />

observado a partir das Figuras 3 e 4.<br />

As áreas periurbanas são configuradas como áreas mais aquecidas que aquelas próximas<br />

ao próprio sítio urbano, principalmente na porção norte e oeste do município. Esse fato evidencia<br />

o papel do solo exposto e das áreas de pastagem na elevação da temperatura aparente<br />

das superfícies, por apresentarem elevado albedo e baixa inércia das superfícies de solo exposto<br />

e seco, como citam Imamura-Bornstein (1991) e Mendonça (1995).<br />

A partir das Tabelas 6 e 7, é possível observar que a variação de umidade entre os dois<br />

momentos influencia sobremaneira a variação da temperatura, expressa tanto pela amplitude<br />

térmica apresentada para os dois períodos, de até 29°C para o dia 12/07 e de até 36,4°C para<br />

o dia 29/08, quanto pelo aumento em área de superfícies com temperaturas mais elevadas.<br />

Dentre os fatores que justificam os valores mais elevados da temperatura aparente da superfície<br />

para o dia de 29/08 estão a variação sazonal do ângulo solar e as perdas de umidade<br />

das superfícies. A variação do ângulo solar associada às condições atmosféricas atuantes no<br />

momento favoreceu o aumento da temperatura da superfície, principalmente para as áreas<br />

correspondentes a pastagem e solo exposto, e consequentemente maiores perdas da umidade.

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