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A influência do clima na infiltrabilidade do solo 57<br />

caráter de tropicalidade da região de Goiânia, eventos dessa magnitude podem ocorrer em<br />

período de tempo curto. Mesmo que eventos pluviométricos de 60 mm ocorram distribuídos<br />

em 24h, segundo Sant’Anna Neto (1998), já representam possibilidades de transtornos no<br />

cotidiano da população urbana.<br />

A Tabela 4 apresenta os intervalos de intensidade da precipitação anual, na identificação<br />

de anos-padrão, de forma a caracterizar os anos como extremo chuvoso e seco ou mesmo<br />

normal.<br />

A identificação de anos-padrão a partir dos extremos positivos ou negativos é relevante<br />

quando se levam em consideração os aspectos geotécnicos, pois conhecer essa variação é uma<br />

maneira de oferecer subsídios aos estudos de estabilidade dos maciços. A partir das condições<br />

de infiltração do solo relacionado com a variação interanual, sazonal e distribuição mensal,<br />

considerando tanto as intensidades quanto a distribuição, avaliam-se os diferentes níveis potenciais<br />

de instabilidade de determinado maciço. Essas análises devem buscar considerar os<br />

eventos já ocorridos para que se entenda o comportamento do meio físico e se possa atuar<br />

preventivamente em relação a possíveis eventos futuros.<br />

Tabela 4. Anos-padrão: série histórica 1961 a 2008-Goiânia/GO (Luiz, 2012).<br />

Muito Seco (MS) = Xi ≤ Q(0,15) → Xi ≤ 1367,65mm<br />

Seco (S) = Q(0,15) < Xi ≤ Q(0,35) → 1367,65mm < Xi ≤ 1541,58mm<br />

Normal (N) = Q(0,35) < Xi < Q(0,65) → 1541,58mm < Xi < 1672,29mm<br />

Chuvoso (C) = Q(0,65) ≤ Xi < Q(0,85) → 1672,29mm ≤ Xi < 1765,58mm<br />

Muito Chuvoso (MC) = Xi ≥ Q(0,85) → Xi ≥ 1765,58mm<br />

Onde: Q = valores estimados de precipitação para os Quantis (0,15; 0,35.; 0,65 e 0,85).<br />

Xi= intervalo de valores de precipitação.<br />

b) Temperatura<br />

Quanto à temperatura do ar, os valores mais elevados ocorrem nos meses de setembro,<br />

outubro e novembro, com médias entre 29 e 31°C. Os meses mais frios correspondem a<br />

junho e julho, com médias entre 13 e 18°C (IBGE, 1999). Luiz (2012) indicou, para temperatura<br />

média máxima (T máx.<br />

), variação interanual entre 28 e 32,1°C; para a temperatura<br />

média mínima (T mín<br />

), entre 16 e 19,3°C, e para temperatura média compensada (T comp<br />

),<br />

entre 22 e 25°C.<br />

A tendência de elevação dos valores ocorreu principalmente a partir de 1975 e, de forma<br />

mais expressiva, a partir de 1998 (Figura 2). A tendência positiva para os valores da temperatura<br />

do ar (máxima e mínima) apontou, respectivamente, para acréscimo de 2 e 2,4°C no<br />

outono e no inverno, enquanto na primavera e no verão, para acréscimo de 1,2 e 0,8°C. Além<br />

do aumento de temperatura propriamente dito, essa tendência indica a possibilidade de que<br />

esteja havendo registros com menores amplitudes térmicas, o que implica considerar que as<br />

temperaturas tendem a se manter mais elevadas por mais tempo ao longo do dia.<br />

Essa situação pode se mostrar mais acentuada no final do inverno e durante a primavera,<br />

quando a cidade de Goiânia encontra-se sob influência da massa de ar Tropical Atlântica (Ta).<br />

A garantia da estabilidade atmosférica, a baixa velocidade dos ventos e a elevação da altura<br />

do ângulo solar implicam o aumento das temperaturas, que ficam na dependência do retorno<br />

das chuvas na primavera, para amenizar as condições estabelecidas pelo período de estiagem.

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