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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

relativa média do ar. Para tanto, considerou-se a série histórica de 1961-2008, do 10° DISME<br />

(Distrito de Meteorologia), cedidas pelo INMET.<br />

a) Precipitação<br />

Os elementos atmosféricos atuantes na região de Goiânia obedecem ao controle da radiação<br />

de localidades tropicais respeitando sua localização (latitude) e à dinâmica regional<br />

das massas de ar atuantes na América do Sul. Os fatores geográficos locais, como altitude e relevo,<br />

são pouco significativos, devido à configuração de formas plana a suavemente ondulada.<br />

A continentalidade representa o fator influenciador na amplitude térmica e na variabilidade<br />

das precipitações.<br />

O comportamento interanual da pluviometria para a cidade de Goiânia mostra uma<br />

expressiva variabilidade interanual, com extremo chuvoso em aproximadamente 2000 mm<br />

e seco em 1050 mm. A sazonalidade climática de Goiânia é atribuída à distribuição anual<br />

dos eventos pluviométricos. Os trimestres relativos às estações primavera-verão indicam a<br />

concentração dos episódios chuvosos, enquanto os trimestres outono-inverno caracterizam<br />

o período de menor oferta pluviométrica. Na linguagem popular, esses períodos são denominados,<br />

respectivamente, período chuvoso e período seco.<br />

Como pode ser observado na Tabela 3, os episódios pluviométricos acumulados em 24<br />

horas com intensidades de até 25 mm representaram de 84 a 98% das precipitações ao longo<br />

do ano. A pluviometria no intervalo entre 25 e 50 mm mostrou ser mais expressiva para os<br />

meses de outubro a abril, correspondendo de 11 a 13% das chuvas.<br />

Tabela 3. Número de ocorrências dos eventos pluviométricos acumulados em 24 horas em<br />

Goiânia/GO (série histórica: 1961 a 2008) (Luiz, 2012).<br />

Mesmo representando uma frequência menos significativa quando comparada com o<br />

intervalo de até 25 mm, é importante considerar os episódios pluviométricos acumulados acima<br />

dessa intensidade. Esses episódios ocorrem, por vezes, no momento em que os solos estão<br />

mais úmidos, com menor capacidade de infiltração e armazenamento e, mesmo com menor<br />

ocorrência no ano, potencializam processos erosivos, enchentes, alagamentos, inundações e<br />

deslizamentos de encostas, principalmente ao longo dos canais de drenagem, por apresentarem<br />

fundos de vale encaixados.<br />

Os volumes de precipitação diária superiores a 50 mm apresentam frequência baixa.<br />

Contudo, não se pode deixar de atribuir importância a esses episódios, uma vez que eventos<br />

de 60 mm/hora são considerados intensos (INMET, 1999). Por outro lado, considerando o

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