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A infiltração no contexto do plano urbanístico e dos projetos paisagístico e arquitetônico 45<br />

6 Considerações finais<br />

O conjunto de fatores externos analisados opera na interação solo-atmosfera, afetando a<br />

sucção no solo e o volume de água nele inicialmente presente e, consequentemente, a capacidade<br />

de infiltração. Os efeitos dos agentes climáticos podem ser controlados ou mitigados por<br />

meio da definição de áreas apropriadas para ocupação, bem como do seu modo de utilização.<br />

Portanto, o plano urbanístico deve ser desenvolvido de modo a minimizar alterações significativas<br />

no balanço hídrico natural. Nesse sentido, deve-se priorizar a preservação da vegetação<br />

natural e, quando necessário, recuperar áreas já antropizadas. A intervenção na paisagem<br />

urbana com o objetivo de manter a água no solo constitui-se em prioridade, razão pela qual<br />

devem ser utilizados, sempre que possível, materiais e elementos construtivos drenantes que<br />

favoreçam a infiltração da água no solo.<br />

A infiltração deve ser pensada no plano urbanístico como elemento de preservação do<br />

equilíbrio ambiental, pois a água não infiltrada pode ser a origem de problemas urbanos indesejáveis,<br />

como é o caso de erosões, alagamentos e inundações.<br />

Assim, o plano urbanístico deve, no que tange à infiltração, levar em conta fatores internos<br />

como tipo e estrutura do solo, espessura do manto de intemperismo, altura e variação<br />

sazonal do nível d’água, dentre outros.<br />

De modo a privilegiar a infiltração das águas pluviais e mitigar os danos delas provenientes,<br />

como erosões, alagamentos e inundações, vale repetir que o plano urbanístico deve<br />

fixar o traçado, definir áreas de preservação e estabelecer critérios apropriados de ocupação<br />

e uso do solo.<br />

Em nível de projeto paisagístico e de projeto arquitetônico, as águas pluviais captadas<br />

poderão ser destinadas ao uso ou conduzidas a sistemas de drenagem. No entanto, os referidos<br />

sistemas, quando convencionais (galerias de drenagem), além de apresentarem elevado<br />

custo de implantação, podem contribuir para a ocorrência de alagamentos e inundações. Para<br />

minimizar esses problemas, torna-se recomendável conceber sistemas de infiltração setorizados,<br />

por unidade residencial, comercial ou industrial ou ainda por grupo dessas unidades. A<br />

implantação desses sistemas requer, no entanto, estudos geotécnicos preliminares de modo a<br />

evitar problemas como os de subsidência e erosão interna.<br />

Referências bibliográficas<br />

Azevedo, P. V.; RAMOS Leitão, M. M. V. B; Sousa, I. F.; Maciel, G. F. (1990). Balanço<br />

de radiação sobre culturas irrigadas no semi-árido do nordeste do Brasil. São Paulo: Revista<br />

Brasileira de Meteorologia, Sociedade Brasileira de Meteorologia, 1990, vol.5(1), p.403-410.<br />

AyOADE, J. O. (1991). Introdução à climatologia para os trópicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand<br />

do Brasil. 232 p.<br />

BRANDão, V. S.; Cecílio, R. A.; PRUSKI, F. F.; SILVA, D. D. (2006). 3. ed. Infiltração da<br />

água no solo. Viçosa: Editora Universidade Federal de Viçosa. 120 p.<br />

Camapum de Carvalho, J. (2009). Aspectos técnicos, jurídicos e educacionais e a expansão<br />

urbana ambientalmente sustentável. Brasília, DF: UniCEUB. 90 p. Monografia (Ba-

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