17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

44<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Para o dimensionamento do sistema de coleta, armazenamento e infiltração, deve-se<br />

calcular a área impermeabilizada e recorrer às informações climatológicas para que se estime<br />

o volume de água proveniente da precipitação.<br />

O sistema de infiltração deve ser devidamente projetado e o comportamento do maciço<br />

avaliado quanto a riscos provenientes da infiltração concentrada, dentre os quais se podem<br />

citar: erosão interna, perda da capacidade de suporte do solo, colapso no caso de solos profundamente<br />

intemperizados<br />

5 Regulação e controle<br />

Segundo Camapum de Carvalho (2009, p. 34),<br />

No Brasil várias aglomerações com características urbanas estão continuamente a<br />

surgir e as existentes a expandirem. A maioria delas, isso em ambos os casos, se dá<br />

sem qualquer planejamento, sendo comum a destruição de áreas de preservação ambiental,<br />

a abertura de ruas e avenidas obedecendo a um traçado urbanístico ambientalmente<br />

inadequado e a ocupação de áreas de risco como encostas e áreas alagadiças.<br />

Estabelecida a ocupação, quase sempre o resultado é a legalização nas condições em<br />

que a mesma se encontra, com raras intervenções buscando a mitigação dos danos<br />

ambientais gerados e a melhoria da qualidade de vida.<br />

Tais fatos ocorrem porque faltam regulação e controle por parte do poder público. Mas<br />

antes de falar em regulação e controle, é importante frisar que a base para o respeito ao plano<br />

urbanístico e às normas edilícias reside na educação. Mais que dar à população conhecimento<br />

das normas existentes e puni-la por desrespeitá-las, é importante conscientizá-la da importância<br />

de se preservar o meio ambiente para a sua própria segurança e qualidade de vida.<br />

Embora várias normas e regulamentos existam ou possam existir nos municípios, disciplinando<br />

o uso e a ocupação do solo, a principal regulação deve se dar no âmbito do plano<br />

diretor, pois nele está prevista a gestão democrática da cidade. Segundo Camapum de Carvalho<br />

e Leuzinger (2009, p. 133), no entanto:<br />

a participação dos cidadãos só se dá quando surge neles, em cada um e em todos, o<br />

sentimento e a necessidade do pertencimento e, para tal, faz-se necessária a construção<br />

ou o reconhecimento de valores pessoais, sociais e ambientais, entre outros, que contribuem<br />

para a qualidade de vida e para a preservação do equilíbrio ambiental, de modo<br />

a assegurar o desenvolvimento humano sustentável. Sem isso a gestão poderá ser democrática<br />

quanto a participação popular, mas não o será quanto a participação efetiva.<br />

Portanto, a regulação do Plano Urbanístico deve constar do Plano Diretor, enquanto a<br />

dos Projetos Paisagísticos e Arquitetônicos deve decorrer de normas municipais específicas,<br />

como os Códigos de Edificação e os regulamentos de uso e ocupação do solo.<br />

Quanto ao controle, sua formalização ocorre em duas fases distintas, a saber: o licenciamento<br />

e a fiscalização. Entretanto, para que o controle seja eficaz, torna-se fundamental a<br />

participação popular, seja no cumprimento dos deveres, seja na exigência dos seus direitos em<br />

busca de melhoria da qualidade de vida.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!