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A infiltração no contexto do plano urbanístico e dos projetos paisagístico e arquitetônico 43<br />

portanto, menos sujeitas à desidratação por insolação tiveram a cobertura vegetal do talude<br />

mais preservada. Essa situação é muito comum em cortes rodoviários no Distrito Federal.<br />

É geralmente observado que, nos topos e nas bases dos taludes, a vegetação, devido à maior<br />

umidade, é mantida e, no restante do talude, é levada ao perecimento. Esse exemplo mostra a<br />

necessidade de o projeto paisagístico levar em conta a geometria das formas, de modo a favorecer<br />

não só a preservação da umidade em períodos críticos, como também a infiltração em<br />

períodos chuvosos, pois, em taludes como os mostrados, a infiltração tem pouca chance de<br />

ocorrer. Taludes íngremes e convexos se submetem a maiores gradientes de energia na interação<br />

com a atmosfera, conduzindo a sucção a valores acima do ponto de murcha da vegetação.<br />

(a)<br />

(b)<br />

Figura 11. a) Vista geral de um talude em corte; b) vista ampliada do corte.<br />

A escolha de vegetação apropriada é ponto fundamental no projeto paisagístico, pois,<br />

dependendo da espécie escolhida, pode-se minimizar a evaporação e favorecer a infiltração<br />

por meio da distribuição radicular.<br />

4 Projeto arquitetônico<br />

Conforme observado na Figura 1, o projeto arquitetônico deve ser tratado como o menor<br />

elemento na escala de ocupação e uso do solo, mesmo que, em razão da limitação de<br />

espaço urbano, o projeto paisagístico inexista. Assim, apresentam-se duas situações distintas:<br />

o projeto arquitetônico inserido em um espaço livre ou confinado entre outros projetos<br />

arquitetônicos. No primeiro caso, o projeto deve buscar a utilização das águas pluviais, se<br />

não tratadas, em certas atividades domésticas, como lavagem de piso e irrigação de plantas<br />

e jardins; se tratadas, podem passar ao uso doméstico convencional. No segundo caso, as<br />

águas de chuva se destinarão tão somente ao uso doméstico. Em ambos os casos, o volume<br />

excedente pode ter duas destinações: a rede pública de drenagem de águas pluviais e a infiltração<br />

localizada, concentrada em poços, trincheiras e valas. Cabe destacar que o lançamento<br />

indiscriminado das águas pluviais na rede pública de drenagem requer sistemas de grandes<br />

dimensões e, portanto, de maior custo, além de constituir-se, muitas vezes, em raiz dos problemas<br />

de inundações oriundos do transbordamento das calhas dos elementos de drenagem<br />

natural, córregos e rios. Portanto, já em nível de Projeto Arquitetônico, deve ser pensada a<br />

destinação das águas pluviais.

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