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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

saprolíticos, são, geralmente, constituídos de minerais primários e minerais expansivos. Segundo<br />

Brandão et al. (2006), os solos ricos em minerais expansivos apresentam, no processo<br />

de expansão, redução na condutividade hidráulica devido ao bloqueio e à redução do tamanho<br />

dos poros. Cabe destacar que a redução do tamanho de poros tende a ser marcante em<br />

condições de confinamento, devido ao impedimento da variação do volume total, o que faz<br />

com que parte do volume de vazios inicial se transforme em aumento da distância interplanar<br />

basal durante o processo de expansão mineralógica. Quando em condições de expansão livre,<br />

a redução da condutividade hidráulica não necessariamente ocorrerá.<br />

Os solos tropicais profundamente intemperizados são, em geral, ricos em minerais do<br />

grupo da caulinita e em oxi-hidróxidos de alumínio e ferro. Esses minerais são pouco ativos<br />

e, geralmente, sujeitam o solo a pequenas variações volumétricas no processo de molhagem<br />

e secagem.<br />

As características químicas do solo, por estarem diretamente ligadas a energias dispersoras<br />

e agregadoras das partículas de solo, assumem grande importância frente às caracterísiticas<br />

do fluido de infiltração, devido à presença de íons, como os de sódio, potácio, magnésio e<br />

cálcio, presentes com frequência nos insumos agrícolas e em águas servidas.<br />

Apesar da importância da composição químico-mineralógica do solo frente à questão da<br />

infiltração, talvez a característica mais relevante seja a estrutural. Nos solos pouco intemperizados,<br />

as partículas se encontram mais ou menos independentes ou formando pacotes de argila<br />

(Figura 7a). Nesses solos, os poros disponíveis, utilizados no fluxo de água, estão disseminados<br />

no volume como um todo, formando distribuição bem graduada ou uniforme segundo a textura<br />

do solo. Esses solos comumente apresentam baixa condutividade hidráulica se comparados<br />

aos solos arenosos. Já os solos profundamente intemperizados, solos lateríticos, apesar de<br />

muitas vezes argilosos, são marcados não só por elevadas porosidades inerentes ao processo<br />

de formação, como também pela distribuição de poros bimodal dividida predominantemente<br />

em macro e microporos. Os microporos se situam no interior dos agregados e os macroporos<br />

entre eles. A Figura 7b ilustra a estrutura que marca esse tipo de solo. Nela, os agregados são<br />

formados pelo agrupamento de partículas, sendo frequentes nos solos argilosos, nos quais a<br />

macroporosidade constitui-se em caminho preferencial para o fluxo de água e, não raro, apesar<br />

de muitas vezes argilos, apresentam condutividade hidráulica semelhante à das areias.<br />

(a)<br />

(b)<br />

Figura 7. a) Estrutura de um solo pouco intemperizado; b) estrutura de um solo profundamente intemperizado.

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