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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

2.1.3 Umidade relativa<br />

A umidade relativa do ar varia com a temperatura ambiente e, nesse sentido, pelos motivos<br />

já expostos, termina intervindo na sucção e na taxa de infiltração. É extremamente relevante<br />

que os Planos Urbanísticos considerem a dinâmica regional do clima na análise da<br />

umidade relativa do ar e as possíveis modificações. Ao considerar a dinâmica do clima, o<br />

fator geográfico continentalidade/maritimidade assume papel relevante na caracterização da<br />

umidade de uma determinada localidade.<br />

Muito embora as estruturas urbanas e a ocupação periurbana tendam a provocar aumento<br />

nas temperaturas, quando se associa o fator continentalidade, como é o caso das cidades<br />

de Goiânia e Brasília, dentre tantas outras, a distância de corpos hídricos, como oceanos<br />

e mares, naturalmente impõe às taxas de umidade relativa do ar estreita relação com as incurssões<br />

das massas de ar oriundas desses corpos hídricos para o interior do continente. Nas<br />

incurssões para o interior do continente, essas massas de ar sofrem alterações no conteúdo<br />

de umidade e temperatura; por outro lado, mediante o atual nível de retirada da cobertura<br />

vegetal, as regiões situadas no interior do continente tendem a alterar o balanço hidrológico<br />

evidenciado também em quedas nas taxas de evapotranspiração atuante na região, para aumentar<br />

o contéudo de umidade do ar. Nesse sentido, regiões situadas no interior do continente<br />

as quais apresentam superfícies altamente modificadas, principalmente pela intensificação<br />

do processo de urbanização e práticas agrícolas, ficam a mercê das chuvas sazonais para a<br />

melhoria nas condições de umidade relativa do ar.<br />

Na camada superficial, a umidade do solo geralmente varia de modo a entrar em equilíbrio<br />

com a atmosfera, afetando o perfil de umidade como um todo, e a umidade relativa<br />

constitui-se em elemento importante nesse equilíbrio. Portanto, a umidade relativa, além de<br />

ser importante para a vida do homem, exerce influência na capacidade de infiltração do solo,<br />

pois esta se relaciona diretamente à sucção total nele atuante.<br />

Portanto, a umidade relativa constitui-se em aspecto importante a ser considerado no<br />

Plano Urbanístico, de modo que se estabeleçam critérios de ocupação e uso do solo que assegurem<br />

condições ambientais satisfatórias. Em regiões mais áridas, a preservação de áreas<br />

verdes, mananciais e lagos ajudam a manter a umidade relativa em condições satisfatórias.<br />

2.1.4 Precipitação<br />

A precipitação constitui-se hoje em um dos fatores mais importantes dos atributos do<br />

clima a serem considerados no Plano Urbanístico, pois se, por um lado, é necessário água para<br />

o abastecimento humano, por outro, quando da precipitação, o fluxo de água deve ser disciplinado<br />

de modo a evitar problemas, como erosão, alagamento e inundação.<br />

No que tange à erosão, é recomendável observar se nas formas predominantes do relevo<br />

existem possíveis feições erosivas, pois a presença destas constitui-se em sinal da fragilidade<br />

do solo frente ao fenômeno, requerendo maiores cuidados.<br />

A precipicação deve ser analisada sob vários ângulos, cabendo destaque ao da intensidade<br />

e ao da distribuição. Ambos são definidores do volume de água disponibilizado para<br />

infiltração e escoamento superficial. É evidente que a capacidade de infiltração de uma de-

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