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634<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

10 Riscos inerentes à infiltração<br />

A necessidade de implantação de sistemas de drenagem surge com a impermeabilização<br />

da superfície do solo e/ou com a alteração das condições de fluxo superficial. Existem duas<br />

alternativas de drenagem do excesso de água que passa a fluir superficialmente: a implantação<br />

dos sistemas de drenagem convencionais, as redes de drenagem e a implantação de sistemas<br />

de drenagem compensatórios. No primeiro caso, busca-se evacuar da área impermeabilizada<br />

o excesso do fluxo superficial oriundo das precipitações pluviométricas. Esses sistemas, embora<br />

resolvam localmente o problema quando os ocupantes e usuários do solo respeitam os<br />

coeficientes de ocupação definidos nas normas edilícias, o que nem sempre é o caso, acabam<br />

gerando problemas a jusante como erosões de margem dos cursos d’água e dos reservatórios<br />

e inundações. No segundo caso, o dos sistemas de infiltração compensatórios, busca-se resolver<br />

localmente o problema do excesso de água precipitado e não infiltrado. Esses sistemas de<br />

infiltração, além de reduzirem os gastos públicos com sistemas de drenagem convencionais,<br />

oferecem vantagens como a da recarga dos aquíferos, a da mitigação ou mesmo eliminação de<br />

problemas como os de erosão e inundação. No entanto, eles também podem oferecer riscos<br />

ambientais e geotécnicos.<br />

Como principais riscos da infiltração das águas pluviais por meio dos sistemas de drenagem<br />

compensatórios, como as bacias de retenção, as valas de drenagem, os tapetes drenantes e<br />

as trincheiras e os poços, encontram-se: o risco de contaminação do solo e do lençol freático;<br />

o risco de colapso estrutural ou expansão mineralógica ou estrutural do solo impactando nas<br />

obras existentes ou que estão sendo implantadas; o risco de erosão interna; o risco de esqueletização<br />

do maciço; o risco de subsidências e rupturas de encostas em consequência da perda<br />

de resistência do solo provocada pelo aumento de umidade ou mesmo devido a ascensões do<br />

nível d’água freático.<br />

Sempre que se vai implantar um sistema de drenagem compensatório, é necessário, portanto,<br />

avaliarem-se os impactos ambientais e geotécnicos da solução proposta e a possibilidade<br />

de os riscos indicados, dentre outros, concretizarem-se. Em função do grau desses<br />

riscos, deve-se agir preventivamente de modo a evitá-los ou mitigá-los. Desconhecendo-os<br />

por algum motivo, deve-se, por precaução, evitar a construção dos sistemas de infiltração<br />

compensatórios, ou seja, embora socioambientalmente de grande relevância, a sua implantação<br />

requer estudos consistentes de avaliação dos riscos ambientais e geotécnicos.<br />

11 Alguns dos estudos de maior relevância<br />

Antes da implantação de qualquer sistema de drenagem de águas pluviais, deve-se avaliar<br />

o volume de água a ser drenado, considerando-se um determinado período de recorrência<br />

a ser definido e levando-se em conta os riscos socioambientais e técnicos presentes. Deve-se<br />

ainda analisar a origem, a qualidade e as características da água a ser infiltrada e as técnicas<br />

e materiais de construção disponíveis para utilização. Esses são alguns dos condicionantes<br />

externos a serem analisados.<br />

Internamente, tem-se, por um lado, a necessidade de avaliação da capacidade de infiltração<br />

do maciço, o que pode ser feito por meio de ensaios de laboratório, ensaios de per-

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