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604<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Com objetivo de se definirem as classes de infiltração de água no solo presentes na carta<br />

geotécnica da Figura 12, foram calculadas suas respectivas áreas em ton.ha -1 /ano. A Tabela 12<br />

apresenta esses resultados.<br />

Tabela 12. Classes de infiltração de água nos solos da área de estudo.<br />

Classe de infiltração de<br />

água no solo<br />

Taxa de infiltração<br />

(m/s)<br />

Área em km 2 e percentual das classes em<br />

relação à área de estudo<br />

Alta 10 -5 a 10 -6 149,29 km 2 / 83,78 %<br />

Média 10 -6 a 10 -7 20,27 km 2 / 11,38 %<br />

Moderada 10 -7 a 10 -8 6,80 km 2 / 3,82 %<br />

Baixa Menor que 10 -8 1,82 km 2 / 1,02 %<br />

Área Total (km 2 ): 178,18<br />

Pelo exame da carta geotécnica preliminar de infiltração de água no solo constante da<br />

Figura 12 e pelos valores apresentados na Tabela 10, constata-se que a área de estudo possui<br />

uma capacidade de infiltração de água em seus solos relativamente alta, de 10 -5 a 10 -6 m/s em<br />

uma área de 149,29 km 2 , que corresponde a 83,78 % de sua área total. Por sua vez, observa-se<br />

que, graças à ocorrência de processos erosivos laminares, as classes média e moderada ocupam,<br />

juntas, uma área de 27,07 km 2 , o que corresponde a 15,2% da área de estudo, com certo<br />

comprometimento em relação à sua capacidade de infiltração. As áreas com baixa capacidade<br />

de infiltração, apesar de ocuparem uma área relativamente pequena de 1,82 km 2 , localizam-se<br />

em áreas de agricultura mecanizada e, devido a essas atividades ocuparem cada vez mais as<br />

áreas de vegetação de cerrado, a capacidade de infiltração da água no solo tende a diminuir na<br />

área de estudo como um todo.<br />

5 Considerações finais<br />

Os resultados obtidos confirmaram a possibilidade de se adaptarem os fatores componentes<br />

da EUPS para se obter uma carta geotécnica preliminar que represente cartograficamente<br />

a capacidade de infiltração da água pluvial em um solo. Para tal, deve-se fazer a relação<br />

inversa ajustada dos fatores usados na avaliação da perda de solo causada por processos erosivos<br />

laminares. No entanto, essa relação inversa não obedece necessariamente à mesma relação<br />

de proporcionalidade para todos os fatores que a compõem, requerendo ajustes. Recomenda-<br />

-se para estudos futuros uma análise mais aprofundada sobre cada fator da EUPS, nas condições<br />

regionais que possuem. No entanto, pode-se afirmar que quanto maior perda de solo<br />

obtida pela EUPS menor tende a ser a capacidade de infiltração da água no solo. O ajuste desta<br />

proposta será de grande valia na estimativa das contribuições das áreas rurais para as inundações<br />

e o surgimento de processos erosivos que têm se tornado cada vez mais frequentes.<br />

Deve-se ressaltar que a inexistência de uma avaliação quantitativa que permitisse obter<br />

um valor mais exato da capacidade de infiltração a partir da metodologia proposta levou à opção<br />

por uma avaliação qualitativa que fornecesse indícios significativos para a capacidade de<br />

infiltração da água da chuva no solo, apresentando uma relação inversa ao potencial de perda<br />

de solo por erosão laminar. Seus fatores, como os valores elevados de erosividade da chuva,

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