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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

assoreamento ora em curso. Tal fato reduziria o espelho d’água do reservatório na área de<br />

estudo e, consequentemente, a capacidade da UHE Corumbá IV em produzir energia elétrica.<br />

Os ensaios geotécnicos também confirmaram, nos locais próximos às propriedades agrícolas<br />

com cultura mecanizada de soja e de cana-de-açúcar e às margens de estradas que se<br />

conectam ao reservatório da UHE Corumbá IV, similar às curvas apresentadas na Figura 8, a<br />

existência de erosões laminares classificadas pela pesquisa em pauta como de alta intensidade.<br />

Esses locais se situam nas maiores altitudes das bacias hidrográficas do ribeirão do Sarandi<br />

e do córrego Pirapitinga, em que as propriedades agrícolas ali existentes empregam, de forma<br />

intensa, o uso de calcário para alcalinização do solo, bem como fertilizantes químicos e<br />

defensivos agrícolas que, em seu conjunto, aumentam bastante a compactabilidade do solo<br />

e contribuem para contaminação dessas bacias e para o transporte de sedimentos lixiviados<br />

pela ação da chuva, principalmente através das estradas que conectam essas áreas agrícolas ao<br />

reservatório da UHE Corumbá IV, reduzindo a capacidade de infiltração desses solos.<br />

4.4 Produção do mapa temático de uso e cobertura do solo<br />

Foi produzido o mapa temático de uso e cobertura de solo com as classes temáticas<br />

definidas durante o processo de classificação da imagem “Quick-Bird”. A Tabela 10 apresenta<br />

a quantidade e as áreas das feições relacionadas ao uso e à cobertura do solo, associados às<br />

zonas homólogas. A associação feita na Tabela 10 das zonas homólogas e a cobertura e uso do<br />

solo subsidia a compreensão dos fluxos de sedimentos transportados nas estações chuvosas<br />

os quais, em geral, partem dos “platôs” e são conduzidos por ação da gravidade por sobre as<br />

“escarpas e vertentes” até os “fundos de vales”.<br />

De acordo com os dados apresentados na Tabela 10 e na Figura 9, a área destinada às<br />

práticas agrícolas (culturas agrícolas I, II e III e solo exposto para agricultura) totaliza 58,50<br />

km 2 e é a que ocupa o maior espaço físico do uso e da cobertura do solo na área de estudo, ou<br />

seja, 32,8%. Essas áreas se localizam nas zonas homólogas de maior altitude, os “platôs”, mas<br />

também estão presentes nas de maior declividade, as “escarpas” desmatadas e “vertentes”. As<br />

“escarpas” desmatadas apresentam baixa capacidade à infiltração por não possuírem mais a<br />

cobertura vegetal nativa, barreira natural ao fluxo superficial da água da chuva.<br />

Por sua vez, a área de solo exposto, a de queimadas e a ocupada pelas estradas, ou seja,<br />

as que tiveram a remoção da quase totalidade de sua cobertura vegetal, presentes nas zonas<br />

homólogas do tipo “escarpas, vertentes e platôs”, juntas, ocupam o espaço físico considerável<br />

de 24,8 km 2 . Essas áreas somadas às áreas destinadas às práticas agrícolas totalizam 83,3 km 2 ,<br />

ou seja, 46,7% da área de estudo.<br />

Tabela 10. Classes de uso do solo para a área de estudo.<br />

Classe de uso do solo Quantidade Área total (km 2 ) Zona homóloga<br />

Açude 52 0,09 Fundo de vale e platô<br />

Cerradão 91 2,85 Vertentes<br />

Mata de galeria 417 13,55 Fundo de vale<br />

Campo sujo 728 42,74 Vertentes e escarpas<br />

Pastagem 973 16,98 Vertentes e escarpas

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