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A infiltração no contexto do plano urbanístico e dos projetos paisagístico e arquitetônico 27<br />

2 Urbanismo<br />

O urbanismo é visto aqui de modo geral, tocando as questões de estudo, planejamento,<br />

regulação e controle do desenvolvimento urbano. A análise aborda principalmente as questões<br />

de engenharia e, brevemente, a regulação e o controle. As discussões se voltam, sobretudo,<br />

para o meio físico, embora se saiba que, sendo de natureza eminentemente multidisciplinar,<br />

deveriam compreender um escopo muito mais amplo que envolvesse tópicos como a<br />

sociologia urbana. Embora o urbanismo deva ser entendido como uma ciência humana, o<br />

foco neste capítulo está sobre as questões de engenharia geotécnica, importantes para o seu<br />

desenvolvimento. Para discuti-las, são levados em consideração aspectos do meio físico externo<br />

(ambientais e de ocupação e uso do solo) e interno (características do maciço e do fluxo de<br />

água em seu interior), com base em uma visão simplista, de modo a fazer uma reflexão sobre<br />

diretrizes de engenharia relevantes para se projetarem e ordenarem as cidades brasileiras. O<br />

trato das questões visa o homem, a vida e sua qualidade e, assim sendo, não há como negar: o<br />

Capital e o Estado serão beneficiários, sem que possam ser admitidos ou vistos como simples<br />

detentores.<br />

Historicamente tem sido admitido o termo urbanismo como derivado dos estudos do<br />

engenheiro catalão Ildelfons Cerdá, que trouxe para a remodelagem das cidades grandes contribuições<br />

no século XIX. Embora sem usar diretamente o termo urbanismo, Cerdá utilizou o<br />

termo urbe referindo-se aos diferentes tipos de assentamento humano e o termo urbanização<br />

como definidor da ação humana sobre os assentamentos. Talvez pela sua formação técnica<br />

de engenheiro e pela sua sensibilidade socioambiental seja possível perceber em sua obra a<br />

valorização da qualidade de vida para que se tivesse um bom funcionamento das cidades.<br />

Cerdà projetou a extensão da cidade de Barcelona para além das muralhas, demolidas<br />

em 1854 – o Eixample, projeto arrojado na infraestrutura sanitária, no sistema viário e no desenho<br />

de quarteirões integrados ao espaço urbano em praças internas, destacando, também,<br />

a necessidade da existência de áreas verdes –, as quais se insiste aqui, nas cidades brasileiras,<br />

dezesseis décadas mais tarde, em não se preservar, seja por pressão do mercado, seja, o que é<br />

pior, pela cultura da população não esculpida devidamente pelo processo educacional.<br />

Treze anos depois, Cerdà publicou sua Teoria Geral da Urbanização, em que consolidou<br />

os princípios técnicos da engenharia urbana, utilizados por décadas no melhoramento de<br />

grandes cidades do mundo no início do século XX.<br />

A abordagem sobre o Urbanismo com foco na infiltração é feita levando-se em conta:<br />

• fatores externos;<br />

• fatores internos;<br />

• fatores relacionados à superfície.<br />

2.1 Fatores externos<br />

Vários são os fatores externos, exógenos, relevantes para o urbanismo, embora aqui se<br />

restrinjam apenas àqueles ligados aos temas clima e ocupação e uso do solo, de grande relevância<br />

para o processo de infiltração. Cabe destacar que a infiltração constitui-se em apenas<br />

um dos aspectos a serem observados na definição do plano urbanístico; vários outros devem

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