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Infiltração – outros impactos físicos e químicos 575<br />

paçamento, procurou-se estudar o solo em profundidades próximas dessas magnitudes, uma<br />

vez que essa é a região onde o processo erosivo estava mais evidente. Os eletrodos do aparelho<br />

foram introduzidos a uma profundidade de 0,15 m no solo. O alinhamento foi repetido a cada<br />

3 m, em linhas paralelas, por uma extensão de 42 m. Foram executados ensaios em linhas,<br />

em 15 pontos centrais de investigação, afastados de 3 m entre si. A primeira das SEV´s foi<br />

executada a 2 m da voçoroca. Em seguida, usando uma linha perpendicular à cabeceira da<br />

voçoroca, passou-se a localizar os centros de investigação, afastando-se da voçoroca, de três<br />

em três metros. A Figura 6 ilustra esse esquema de investigação. Os ensaios foram conduzidos<br />

no mês de outubro, que corresponde ao período da seca.<br />

Tabela 5. Abertura dos eletrodos para investigação em profundidade.<br />

Autores<br />

Profundidade de investigação<br />

Roy e Apparao (1977)<br />

0,1125 L<br />

Barker (1989)<br />

0,190 L<br />

Telford et al. (1990)<br />

0,167 L'<br />

Figura 6. Esquema de distribuição dos ensaios ao lado da voçoroca.<br />

Os dados levantados em campo são apresentados na Figura 7, na qual se pode observar<br />

a variabilidade dos valores de resistividade em profundidade, ao longo do caminhamento<br />

investigado. Essa figura chama a atenção para o fato de que não há um padrão claro de variação<br />

nas profundidades de 1 m e 2 m. Poder-se-ia esperar que as elevações e quedas dos<br />

valores de resistividade acontecessem sempre na mesma posição. Isso não ocorreu, embora<br />

seja possível afirmar que as sinuosidades das linhas de resistividade ao longo do percurso<br />

investigado sejam próximas em alguns casos. Também é possível afirmar que, de um modo<br />

geral, as magnitudes da eletrorresisitividade são maiores à medida em que se aproxima da<br />

superfície. Uma explicação para isso é o teor de umidade do solo – maior na medida em que<br />

se aprofunda o perfil.<br />

Os valores típicos de resistividade do solo apresentados na Tabela 4 mostram que, para<br />

solos argilosos secos, os valores esperados são menores que 20. Na Figura 7, pode-se verificar<br />

que os valores medidos no campo atingem no máximo 30 Ωm. Os valores encontrados na<br />

profundidade de 3 m são da ordem de 10 Ωm. A queda de valores tem duas possíveis explicações.<br />

A primeira explicação é um aumento no teor de umidade. Isso é possível se for considerado<br />

que, nas camadas mais profundas, há menor variação de umidade devido à evaporação.<br />

A segunda explicação é que esse valor coincide com o limite inferior dos siltitos argilosos. O<br />

embasamento rochoso no local é constituído de filitos, sericitos e siltitos; a textura do silte é<br />

dominante em todas essas rochas. Isso quer dizer que os dois fatores podem estar concorrendo<br />

para a variação de resistividade elétrica na região.

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