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574<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

ser medido, dependendo do aparelho, em miliVolt/Volt) para alguns tipos de sedimentos e<br />

rochas. Na Tabela 4, pode-se observar a enorme variabilidade que caracteriza esses materiais.<br />

A resistividade de um material é dada pela lei de Ohm, e o seu valor é diretamente<br />

proporcional à resistência à passagem do fluxo de cargas elétricas, dada pela razão entre a<br />

diferença de potencial entre dois pontos e o fluxo que atravessa esse percurso, e pela razão<br />

entre a área disponível para que a corrente flua e a distância medida pelo trajeto percorrido<br />

pela corrente.<br />

Não se pode esquecer, no entanto, que o maciço de solo é heterogêneo. Ao injetar corrente<br />

elétrica nesse meio, os valores de comprimento e área serão desconhecidos, principalmente<br />

porque os materiais se acomodam em mais de uma camada. A configuração eletródica<br />

utilizada por meio da cravação de quatro hastes metálicas no solo oferece a possibilidade da<br />

substituição dos valores por uma constante que depende dessa configuração. Nessas condições,<br />

o resultado obtido passa a ser uma referência ao pacote de solo envolvido na medição, sendo<br />

considerada a resistividade média do pacote. A Equação 1 permite a determinação do fator K.<br />

2 π<br />

K =<br />

(1)<br />

1 1 1 1<br />

( AM) ( AN) ( BM)+<br />

( BN)<br />

em que: AM, AN, BN e BM são as distâncias entre os eletrodos.<br />

Considerando Z a profundidade teórica de investigação e L a separação entre os eletrodos<br />

de corrente, para uma determinada separação, à medida em que a relação Z/L aumenta,<br />

o percentual de corrente verificado diminui, segundo a Equação 2 (Telford et al., 1990).<br />

Figura 5. Esquema de ligação da técnica utilizada por Wenner ou Schulumberger. Na técnica de Wenner,<br />

as distâncias AM, MN e NB entre os eletrodos é a mesma.<br />

Z = 4I<br />

∂ 2 (2)<br />

Para se investigar uma determinada profundidade, é necessário, em geral, que o espaçamento<br />

entre os eletrodos de corrente seja maior do que a profundidade. Além da configuração<br />

dos eletrodos, a profundidade de investigação nos métodos elétricos é influenciada por<br />

diversos fatores: ruídos naturais e artificiais; heterogeneidades geológicas laterais; topografia<br />

da superfície e do substrato geológico; presença de camadas finas de resistividades distintas,<br />

entre outros. Desse modo, a profundidade de investigação teórica, frequentemente, não expressa<br />

a profundidade observada. Alguns autores, por meio de experimentos em laboratório e<br />

campo, identificaram relações de profundidade de investigação versus configuração eletródica<br />

para o arranjo Schlumberger. A Tabela 5 reúne algumas das relações entre a distância e as<br />

profundidades investigadas.<br />

Faz-se aqui um relato do estudo citado na seção 2.1. Para aquele trabalho, adotou-se o<br />

afastamento horizontal entre os eletrodos de 1 m, 2 m e 3 m. respectivamente. Com esse es-

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