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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

mais baixas do perfil e uma porosidade na direção vertical como canalículos que ligam o topo<br />

do perfil ao extrato rochoso. A Figura 2 mostra esses dois aspectos.<br />

Figura 2. Aspectos do talude do material escavado pela erosão: (a) canais abertos pela retirada do material;<br />

(b) material depositado nas áreas mais baixas do terreno.<br />

As reações de dissolução são tipicamente observadas nas obras civis. Silva (1999) relata<br />

essa situação em eflorescência de alvenaria. Veiga et al. (1997) fazem uma descrição dessa<br />

reação no concreto que pode ser bem assemelhada ao que ocorre nos solos de Jangada. Eles<br />

relatam a deposição dos géis e descrevem todas as reações em detalhes. Nesse caso, as condições<br />

geológicas se assemelham às condições químicas dos materiais artificiais, como evidenciado<br />

na Figura 2(b).<br />

A classificação MCT mostra que os solos das três primeiras camadas têm comportamentos<br />

saprolíticos. Entretanto, a presença da linha de seixos e a mudança da estrutura do<br />

solo indicam que esses solos são transportados. Outro dado importante da classificação é o<br />

enquadramento granulométrico do solo como argila em todas as camadas. Isso diverge da<br />

classificação SUCS, que aponta as duas camadas mais superficiais como sendo de silte pouco<br />

plástico. Na última camada, o método MCT mostrou um solo argiloso laterítico, enquanto o<br />

SUCS mostrou silte pouco plástico. A Tabela 3 mostra os resultados da classificação dos solos.<br />

Essa classificação leva o solo a ser assumido como erodível nas três primeiras camadas por<br />

não possuírem comportamento laterítico. Conforme Nogami e Villibor (1995), solos de comportamento<br />

saprolítico são erodíveis e, dessa forma, apenas o solo da última camada não seria<br />

erodível. Entretanto, a Figura 2 mostra a erosão também nessa camada. Paradoxalmente, apenas<br />

a camada saprolítica (a base da sequência exposta) não sofre erosão mensurável nesse processo.<br />

Tabela 3. Classificação do solo no sistema MCT e SUCS.<br />

Propriedade do solo 1 2 3 4<br />

d’ 3,33 33,3 10 33,33<br />

e’ 1,82 0,87 0,87 1,26<br />

Perda de massa 5,20 6,57 1,71 4,14<br />

Classificação MCT NG’ NG’ NG’ LG’<br />

Classificação SUCS ML ML CL SM<br />

É importante estabelecer que a classificação MCT faz uma previsão acertada em relação<br />

à erodibildidade do solo. Nogami e Villibor (1995) chamam a atenção para o fato de que os<br />

solos apresentam comportamento saprolítico, não que de fato o sejam.

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