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Capítulo 2<br />

A infiltração no contexto do plano<br />

urbanístico e dos projetos paisagístico e<br />

arquitetônico<br />

José Camapum de Carvalho<br />

Gislaine Cristina Luiz<br />

Tatiana Diniz Gonçalves<br />

1 Introdução<br />

A redução da infiltração natural das águas pluviais no solo vem se dando de modo intenso<br />

tanto no meio rural como no urbano, aqui se incluindo as áreas de expansão urbana.<br />

Em ambos os meios, rural e urbano, a redução da infiltração está em grande parte atrelada à<br />

ocupação e ao uso inapropriados do solo, e comumente as consequências se somam a fenômenos<br />

como o da inundação. Apesar disso, este capítulo focará apenas as questões urbanas.<br />

A expansão urbana que se observa hoje nas principais cidades do Brasil se estruturou, e<br />

ainda vem se estruturando, com deficiências ou mesmo sem qualquer planejamento, criando<br />

diversas condições ambientais inadequadas, dentre as quais se destacam a impermeabilização<br />

das superfícies e a consequente redução da infiltração natural das águas pluviais. Segundo<br />

Canholi (2005), “historicamente, os engenheiros responsáveis pela drenagem urbana tentaram<br />

solucionar o problema da perda de armazenamento natural provocando o aumento da<br />

velocidade dos escoamentos com obras de canalização”.<br />

Graves problemas socioambientais decorrentes de deficiências ou mesmo da inexistência<br />

de planejamento urbano, como erosões, enchentes, alagamentos e assoreamento dos cursos<br />

d’água e dos reservatórios, ocorrem devido ao aumento do escoamento superficial gerado<br />

pela redução da infiltração. Acrescenta-se, como consequência dessa diminuição da infiltração,<br />

o rebaixamento muitas vezes demasiado dos níveis freáticos, que resultam na redução da<br />

vazão de nascentes e da descarga de base dos rios, sobretudo nos períodos de estiagem.<br />

Encontrar soluções satisfatórias para problemas que envolvem o desequilíbrio da dinâmica<br />

do ciclo hídrico em zonas urbanas e seu entorno é sempre tarefa muito difícil, porém,<br />

necessária e indispensável à qualidade de vida da população.<br />

Políticas públicas devem buscar as referidas soluções; entretanto percebe-se, frequentemente,<br />

a omissão do Estado não só no que se refere à regulação do uso e da ocupação do<br />

solo, mas também, no que diz respeito à manutenção dos sistemas ambientais. O zoneamento<br />

e a regulação do uso do solo, no âmbito do planejamento urbano, devem ser prioridades, a<br />

fim de que seja garantida uma adequada capacidade de infiltração inicial dos solos ou sejam<br />

construídos sistemas de infiltração compensatórios.<br />

Esforços isolados certamente contribuem para a mitigação de problemas socioambientais.<br />

No entanto, o conhecimento das partes, aliado à ideia de que as juntando se conhecerá o

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