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558<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

A Figura 6 mostra, para duas erosões estudadas por Lafayette (2006), resultados distintos<br />

para dois pontos oriundos da encosta que intitulou como central. A amostra FB (Figura<br />

6a) é oriunda da Formação Barreiras, e a SR (Figura 6b), um solo residual de granito. Para a<br />

amostra FB coletada a 1,5 m de profundidade, com umidade natural igual a 12,94 % e índice<br />

de vazios igual a 0,84, foram bastante semelhantes os resultados de perda de solo obtidos em<br />

função das tensões hidráulicas calculadas para a superfície de fluxo para o solo na umidade<br />

natural e para a amostra pré-umedecida (Figura 6a). Já para o solo SR cuja umidade inicial<br />

era de 11,34% e o índice de vazios igual a 0,90, esses resultados são distintos, sendo superiores<br />

os resultados de perda de solo obtidos para a umidade natural (Figura 6b). Para ambas<br />

as amostras, os resultados de perda de solo obtidos para o solo seco ao ar foram superiores<br />

aos demais. Destaca-se que, apesar de o solo FB apresentar umidade um pouco superior ao<br />

solo SR, dada a diferença de índice de vazios, o seu grau de saturação (Sr = 40,5%) era ligei-<br />

Figura 6. Resultados de Inderbitzen para os solos: a) P-01 FB (1,5 m); b) P-01 SR (4,5 m) (LAFAyette,<br />

2006).<br />

ramente inferior ao do solo SR (Sr = 41,4%). Com base apenas nessas informações era de se<br />

esperar comportamentos semelhantes; no entanto, as curvas características obtidas para os<br />

dois solos (Figura 7) explicam as diferenças registradas. Verifica-se que para o solo FB (Figura<br />

7a) o término de entrada de ar nos macroporos se dá para umidade próxima à natural, o que<br />

implica comportamentos mecânicos, como, por exemplo, resistência a erosão, similares para<br />

umidades maiores ou iguais a esta. A curva característica mostra, ainda, que até esta umidade<br />

as sucções presentes no solo são muito pequenas, não superando 10 kPa.<br />

Considerando-se a curva característica do solo SR (Figura 7b), observam-se dois aspectos<br />

importantes: o primeiro é que a macroporosidade tem poros menos uniformes (melhor<br />

graduados), levando a um aumento progressivo da sucção até que se atinja o término de entrada<br />

de ar nos macroporos; o segundo é que a umidade natural já se encontrava, nesse caso,<br />

aparentemente na zona de microporos, implicando valores de sucção da ordem de 10.000<br />

kPa. Para o solo seco ao ar, a sucção atinge valores da ordem de 50.000 kPa. Com isso, as<br />

curvas características obtidas para os dois solos não só explicam os comportamentos distintos

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