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A infiltração e os fenômenos da inundação, erosão e esqueletização do maciço 557<br />

(a)<br />

(b)<br />

Figura 5. a) Alteração da textura em função da distância da borda da voçoroca Ceilândia 1; b) alteração<br />

da capacidade de troca catiônica (CTC) e do teor de matéria orgânica (M.O.) em função da distância da<br />

borda da voçoroca Ceilândia 1 (Lima, 2003).<br />

8 A infiltração e os modelos de evolução das erosões<br />

As erosões laminares são tanto mais progressivas quanto menores as taxas de infiltração,<br />

pois se amplia o escoamento superficial. É comum, no entanto, dada a grande espessura do<br />

manto de intemperismo, o fenômeno ser pouco notado pelo produtor rural, razão pela qual<br />

são necessárias campanhas educativas de esclarecimento. Nesse caso, é mais comum a avaliação<br />

do potencial de erosão superficial por meio da equação universal de perda de solo.<br />

O desencadeamento de ravinas e voçorocas é, geralmente, fruto da concentração do fluxo<br />

superficial e de lançamentos de água de modo inapropriados. Elas têm seus modelos evolutivos<br />

fixados pela forma de concentração do fluxo superficial, pelo processo de infiltração<br />

e fluxo interno, pela geologia estrutural, pela hidrogeologia e pelas variações de umidade por<br />

que passa o maciço. Elas ocorrem tanto em meio rural como em meio urbano e periurbano.<br />

O mecanismo de evolução das erosões é inegavelmente complexo. Em superfície, seja laminar,<br />

em sulco, ravina ou voçoroca, a erosão ocorre sempre que a energia cisalhante externa<br />

imposta pelo fluxo superar a energia cisalhante resistente interna. A energia cisalhante externa<br />

dependerá de fatores como velocidade do fluxo e densidade, viscosidade e temperatura do<br />

fluido. Sua transferência ao solo é função de fatores como rugosidade e forma do relevo. Já<br />

a energia interna depende de fatores como sucção inicial, distribuição de poros, coesão real,<br />

textura e interação entre partículas, cabendo lembrar que as partículas da superfície só interagem<br />

com as demais em sua base. Por isso, há certa dificuldade em fazer associações diretas<br />

com a resistência ao cisalhamento. Fácio (1991), ao estudar ravinas e voçorocas do Distrito<br />

Federal, verificou, por meio de ensaios Inderbitzen, que a erodibilidade do solo depende do<br />

seu estado de saturação inicial. Lafayette (2006) chegou a conclusão semelhante ao estudar<br />

erosões em Recife, no Estado de Pernambuco.

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