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Capítulo 28<br />

A infiltração e os fenômenos da inundação,<br />

erosão e esqueletização do maciço<br />

José Camapum de Carvalho<br />

Maurício Martines Sales<br />

Roberto Quental Coutinho<br />

1 Introdução<br />

Hoje, três grandes problemas retiram a tranquilidade da população em áreas de maior<br />

risco: as inundações, as erosões e as rupturas de encosta. É preciso que se diga, no entanto,<br />

que, além dessas ameaças diretas à vida e à sua qualidade, outras existem com impacto<br />

econômico de grande relevância ligadas ao fenômeno da erosão. Pode-se, neste caso, citar<br />

a desertificação de grandes áreas oriunda, dentre outros fatores, da erosão superficial e do<br />

próprio extermínio da vida no solo e sobre o solo, bem como do assoreamento de reservatórios<br />

de abastecimento de água e geração de energia. Todos esses problemas estão, de algum<br />

modo, ligados à questão da infiltração. As inundações estão relacionadas à escassez de infiltração;<br />

a esqueletização, a infiltrações inapropriadas; as erosões, aos dois fatores, falta de<br />

infiltração e infiltração inapropriada.<br />

A erosão dos solos enquanto fenômeno natural faz parte da dinâmica do relevo e, por<br />

isso, geralmente não é preocupante. O mesmo é possível dizer quanto ao fenômeno da esqueletização<br />

geomorfologicamente intitulada eluviação. Porém, a intervenção do homem no<br />

meio ambiente sem o devido cuidado pode desencadear e acelerar processos erosivos e de esqueletização,<br />

muitas vezes imperceptíveis, em erosões superficiais, lineares ou em anfiteatro<br />

de grandes proporções ou em causas primárias de rupturas de encostas. As consequências<br />

são as mais variadas, podendo ir desde mortes até a desertificação de áreas antes agricultáveis<br />

e a destruição de moradias e sistemas de infraestrutura, como linhas de transmissão e<br />

rodovias. A Figura 1a ilustra o caso em que, na década de 80 do século XX, foram desencadeadas<br />

erosões lineares na cidade de Planaltina de Goiás. A Figura 1b revela a imagem quatro<br />

décadas depois, já no século XXI, sem que se conseguisse equacionar os problemas em sua<br />

origem. Mas o que teria faltado nesse caso? Gestão Pública? Conscientização e participação<br />

da sociedade? Incapacidade técnica para solucionar os problemas? É possível admitir que<br />

ocorreram deficiências em todos esses âmbitos, mas, mais que isso, os administradores e a<br />

sociedade não foram suficientemente educados para resolver problemas como o da década<br />

de 80 do século passado (ação reparadora), nem para evitar danos como os atuais (ação<br />

preventiva).

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