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Colapso do solo devido à inundação: um estudo de caso 537<br />

Tabela 1. Potenciais de colapso em solo de Petrolândia-PE no peso específico aparente seco<br />

máximo e umidade ótima com diferente líquidos de inundação na tensão de 320 kPa.<br />

Potencial de Colapso (%) na tensão de 320 kPa<br />

Líquido de Inundação<br />

Água Água<br />

Esgoto Óleo de Sabão<br />

Chorume Detergente<br />

Destilada Sanitánitátia<br />

Bruto Soja em Pó<br />

0,048 0,164 0,047 0,168 0,037 0,047 0,178<br />

Motta e Ferreira (2011) mostraram que as propriedades físico-químicas dos líquidos<br />

utilizados para inundação têm influência na interação com o solo. Quanto menor a tensão<br />

superficial do líquido, maior o potencial de molhabilidade do solo. No entanto, a interação<br />

solo-líquido ocorre de forma lenta. Os líquidos de pH alcalino mostraram uma tendência<br />

a produzir Potenciais de Colapso do solo mais altos, ao passo que os líquidos com maiores<br />

condutividades apresentaram uma leve tendência a definir Potenciais de Colapso do solo mais<br />

altos. Deve-se analisar, entretanto, o conjunto de fatores que influenciam o comportamento<br />

colapso do solo, e não o atribuir apenas a um fator isolado.<br />

5 Técnicas de melhoramento<br />

Segundo Ferreira (2010), as soluções de engenharia com objetivo de evitar ou reduzir os<br />

efeitos da variação de volume decorrente do umedecimento de solos colapsíveis obedecem a<br />

dois princípios básicos. O primeiro tem por objetivo conferir ao solo uma estrutura estável no<br />

estado de tensão original e naquele a que será submetido, e o segundo visa impedir ou minimizar<br />

de forma significativa a variação da umidade do solo. Cada solução está condicionada<br />

ao tipo de obra, às características do solo, ao custo e ao tempo de execução. Ferreira (2008) dividiu<br />

os métodos de Engenharia de Fundações adotados frequentemente em solos colapsíveis<br />

em três grupos: i) soluções anteriores à construção, evitando o solo ou preparando a estrutura<br />

para com ele conviver; ii) soluções anteriores à construção, modificando as propriedades dos<br />

solos colapsíveis; iii) soluções posteriores à construção.<br />

5.1 Soluções anteriores à construção sem modificação do solo<br />

Há soluções que antecedem a construção com o intuito de evitar o contato com o solo colapsível<br />

ou preparar a estrutura para conviver com esse solo. As principais soluções são: i) retirada<br />

parcial ou total do solo colapsível com substituição por material adequado, especificando<br />

a espessura do solo a ser substituído, a partir da distribuição de tensões no terreno e da previsão<br />

da variação da profundidade até onde ocorre variação da umidade do solo (Figura 11a); ii)<br />

utilização de fundações profundas, apoiadas abaixo de extrato colapsível com consideração do<br />

efeito do atrito negativo que pode ser provocado pelo colapso da camada superior (Figura 11b);<br />

iii) emprego de fundações flutuantes (Figura 11c); iv) uso de sistema de fundação com radier<br />

de maior rigidez, de modo a minimizar os efeitos dos recalques diferenciais (Figura 11d).

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