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532<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

3.2 Relação entre a umidade do solo e o processo de colapso<br />

A umidade do solo em que o processo de colapso se inicia depende de vários fatores.<br />

Ferreira (1995) realizou ensaios edométricos simples no solo de Petrolândia-PE, inundado<br />

com vazão de inundação constante de 0,25 ml/s sob diferentes tensões, buscando determinar<br />

a umidade e o grau de saturação do solo em quatro condições distintas: no início do ensaio, no<br />

início de colapso, próximo ao final do processo de colapso e no final de ensaio. Os resultados<br />

são apresentados na Figura 7.<br />

A umidade do solo e o grau de saturação iniciais de todos os corpos-de-prova são praticamente<br />

constantes, apresentando valores médios de 1,70% e 7,71%, respectivamente.<br />

As umidades do solo no início do colapso foram determinadas encerrando o ensaio a 6<br />

segundos após o início do processo de colapso. As umidades não eram uniformes em todo o<br />

corpo-de-prova. Na parte inferior (próxima à base), a umidade chegava a ser maior em duas<br />

ou três vezes do que no topo. Os valores colocados na Figura 7 são os médios. As umidades e<br />

os graus de saturação médios críticos para o início de colapso são maiores, em mais de duas<br />

vezes, nas tensões verticais de inundação de 10 e 20 kPa do que em tensões superiores.<br />

As umidades do solo consideradas como final de colapso foram aquelas do início do<br />

processo de estabilização (após ocorrer 4 minutos do processo de colapso e cerca de 98% do<br />

total das deformações). As umidades decrescem com o acréscimo das tensões, variando de<br />

19,30%, na tensão de 10 kPa, a 13,65% na tensão de 1280 kPa). O grau de saturação no final<br />

do colapso é praticamente constante e assume um valor médio de 90,61%.<br />

As umidades finais dos ensaios, após 24 horas do início do processo de inundação, decrescem<br />

também com o acréscimo da tensão. No final do ensaio, os corpos-de-prova estão<br />

saturados.<br />

Figura 7. Umidade e grau de saturação na condição natural, no início e final do processo de colapso e<br />

no final do ensaio.<br />

A umidade do solo em que o processo de colapso se inicia depende do estado de tensão<br />

em que se encontra. Para menores tensões verticais de consolidações e, consequentemente,<br />

menores deformações antes da inundação, as umidades de início do processo de colapso são<br />

maiores do que para tensões maiores. Assim, nesse caso, quando um solo arenoso está subme-

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