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Colapso do solo devido à inundação: um estudo de caso 531<br />

3.1 Comportamento reológico<br />

O comportamento reológico do processo de colapso é definido de forma diferente por<br />

diversos autores. Browzin (1981), estudando solos loesses em edômetros convencionais,<br />

em que as amostras dos solos foram inundadas bruscamente, dividiu o comportamento<br />

reológico de colapso em dois processos. O primeiro inicia com o aumento do grau de saturação<br />

que causa rápidas deformações devido à quebra dos contatos entre as partículas,<br />

tem acréscimo da taxa de deformação e termina quando essa taxa atinge um valor máximo<br />

(pico), que ocorre entre 0,5 a 9,0 minutos do início das deformações. O segundo processo<br />

é caracterizado pelo decréscimo da velocidade de deformação, expulsão da água dos poros<br />

durante a consolidação pós-colapso-subsidência.<br />

Popescu (1986) estudou loess e argila expansiva da Romênia e dividiu o comportamento<br />

reológico em dois processos distintos diferentes do descrito por Browzin (1981).<br />

Durante o primeiro processo, ocorre o decréscimo na velocidade de deformação com o<br />

tempo a qual, consequentemente, em acordo com a teoria de “creep”, é caracterizada como<br />

um estágio instável de colapso e expansão. No segundo processo em que ocorre velocidade<br />

de deformação constante, é caracterizado por um estágio estável de colapso e expansão.<br />

O tempo para o início do segundo estágio no colapso é muito menor do que no processo<br />

de expansão. Assim, Popescu (1986) não considerou o primeiro processo observado por<br />

Browzin (1981).<br />

No solo colapsível de Petrolândia-PE, a variação da velocidade de deformação (Equação<br />

1) com o tempo médio é caracterizada por três estágios (Figura 6). No primeiro, a<br />

velocidade de deformação cresce; no segundo, a velocidade de deformação é constante em<br />

um ou dois níveis, e no terceiro, a velocidade de deformação cresce com o tempo. Esse<br />

comportamento é um pouco diferente do encontrado por Browzin (1981). A diferença básica<br />

está no segundo estágio. Browzim (1981) não observa que a velocidade de deformação<br />

é constante em determinados intervalos de tempo. A diferença se deve a dois fatores: i) ao<br />

maior número de leituras realizadas com menores intervalos de tempo caracterizando melhor<br />

a curva; ii) a forma de inundar o solo: com controle da vazão de inundação (0,25 ml/s)<br />

realizada por Ferreira (1995) e de forma brusca realizada por Browzin (1981).<br />

Figura 6. Comportamento reológico – velocidade de deformação de colapso com o tempo para vazão<br />

de inundação 0,25 ml/s.

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