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Colapso do solo devido à inundação: um estudo de caso 529<br />

(CP) cresce com a redução da vazão de inundação (exceto em dois dos 15 ensaios apresentados),<br />

conforme Figura 3. O acréscimo máximo observado foi de 40%, na tensão de 80 kPa,<br />

quando a vazão decresceu de 1,0 ml/s para 0,0175 ml/s.<br />

Nos ensaios edométricos convencionais, quando o solo foi inundado com a vazão de<br />

1,0 ml/s, as deformações de colapso ocorreram rapidamente e praticamente todo o processo<br />

de deformação se estabilizou em dois minutos. Para menores vazões de inundação, as deformações<br />

de colapso ocorreram ainda de forma rápida; porém, o tempo para que a estabilização<br />

das deformações ocorresse cresceu, atingindo 30 minutos para a vazão de inundação de<br />

0,0175 ml/s (Figura 3).<br />

Nos ensaios edométricos com sucção controlada, a vazão de inundação foi muito lenta<br />

porque depende da permeabilidade da membrana semipermeável utilizada. Os colapsos não<br />

foram bruscos e o tempo para que a estabilização das deformações de colapso ocorressem<br />

cresceram, atingindo 2000 minutos. A curva deformação-tempo (tempo em escala logarítmica)<br />

torna-se semelhante, em forma, à do adensamento de uma argila mole saturada (Figura 3).<br />

A inundação brusca em solos potencialmente colapsíveis arenosos causa uma redução<br />

brusca na sucção e um rápido rearranjo das partículas, resultando numa estrutura mais estável,<br />

que é função da tensão vertical de consolidação. À medida que a vazão de inundação é<br />

mais lenta, o colapso do solo é gradual, com menor velocidade de deformação, porém com<br />

maior tempo de ocorrência. Há maior rearranjo das partículas e maior tempo para ocorrer<br />

eluviação no solo, causando colapso maior. Há, entretanto, um valor limite (inferior) da vazão<br />

de inundação para a qual os potenciais de colapso não crescem mais com a redução da vazão.<br />

A vazão de inundação de 1,0 ml/s é a mais próxima das utilizadas em ensaios convencionais<br />

(célula inundada bruscamente) e corresponde aos menores valores dos potenciais de colapso<br />

aqui encontrados.<br />

Figura 3. Influência da vazão de inundação.<br />

A velocidade de deformação tem sido utilizada para classificar os movimentos de um<br />

talude (VARENS, 1978) e para avaliar danos em estruturas (HUNGRI, 1981). Varnes (1978)<br />

classifica os movimentos de taludes em função da velocidade de deformação como extremamente<br />

lentos a extremamente rápidos. Hungri (1981), por outro lado, com base nos casos<br />

históricos, estabeleceu uma classificação dos movimentos de estruturas em seis categorias<br />

(classes), de acordo com os danos nas estruturas e com o modo como as pessoas poderão<br />

responder aos movimentos.<br />

As velocidades de deformação (Equação 1) máxima de colapso encontradas no solo colapsível<br />

de Petrolândia-PE, considerando a classificação de Varnes (1978), foram classificadas

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