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528<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Figura 2. Variação do potencial de expansão e colapso associados à tensão de expansão, índice de vazios<br />

crítico e grau de saturação crítica.<br />

3 Influência da vazão de inundação<br />

O umedecimento do perfil de um solo depende de fatores externos, como precipitação,<br />

periodicidade, evapotranspiração, relevo, vegetação, etc., e de fatores internos, como estado<br />

tensional, permeabilidade, macro e microfissuras, espessura de camada ativa, etc.<br />

A velocidade com que a água penetra nos vazios do solo tem influência na sua desintegração<br />

estrutural, podendo ser menor, maior ou igual à velocidade de destruição das ligações<br />

entre as partículas, estando relacionada, entre outros fatores, à afinidade da superfície interna<br />

do solo pela água (permeante) e à intensidade da força de coesão que mantém as partículas<br />

agregadas.<br />

Nos ensaios edométricos simples ou duplos, costuma-se fazer a inundação de forma<br />

rápida (brusca), enquanto nos ensaios edométricos de sucção controlada, o umedecimento é<br />

lento, porque depende da permeabilidade da pedra porosa de alta resistência de ar ou da membrana<br />

de celulose, que normalmente apresenta baixa permeabilidade. Houston et al. (1988)<br />

fizeram a inundação dos corpos-de-prova de forma parcial, injetando 10 g de água no topo<br />

da pedra porosa e registrando a compressão resultante a cada intervalo de tempo. Colapsos<br />

progressivos crescem com o acréscimo do grau de saturação da amostra devido à adição progressiva<br />

do fluido permeante. A água foi adicionada, até ao ponto em que não resultasse mais<br />

colapso. Cruz et al. (1994) realizaram um ensaio edométrico simples em amostra compactada,<br />

com baixa umidade e porosidade semelhante à do solo natural, que, após consolidada até<br />

80 kPa, foi umedecida por percolação de vapor d’água por tempos variáveis. Observaram um<br />

colapso progressivo com o aumento do teor de umidade, estabilizando-se no momento em<br />

que os colapsos atingem a curva de compressão do solo inundado (previamente).<br />

A influência da vazão de inundação na colapsibilidade do solo de Petrolândia-PE foi<br />

analisada realizando-se ensaios edométricos simples e de sucção controlada. Nos ensaios edométricos<br />

simples, a inundação foi realizada com diferentes vazões médias de inundação que<br />

variaram de 1,0 a 0,0175 ml/s e o solo foi submetido às tensões verticais de inundação de 80,<br />

160 e 320 kPa. Para uma mesma tensão de vertical de consolidação, o potencial de colapso

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