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Infiltração e movimentos de massas coluvionares saturadas 521<br />

Devido aos grandes deslocamentos, a resistência está próxima à condição residual. Esses<br />

grandes deslocamentos geram uma massa deformada, com muitas fissuras, sobretudo na região<br />

da crista da encosta. As fissuras geram canais preferenciais de fluxo e aumentam a infiltração.<br />

O nível freático é elevado e, quando atinge cotas superiores à metade da profundidade de<br />

deslizamento, ocorrem deslocamentos. A infiltração da água da chuva (e outra fontes, quando<br />

houver) é a principal fonte de alimentação do nível freático e causa das movimentações. A<br />

área de recarga desses depósitos coluvionares são grandes e complexos. Pode tanto o nível<br />

freático ser alimentado diretamente pela infiltração nas imediações da área instável, quanto<br />

haver contribuições sub-superficiais, tais como de fraturas de rochas ou camadas mais drenantes.<br />

Além disso, como mostrou Lacerda (1997), pode haver barramentos de água decorrentes<br />

de diques de materiais menos permeáveis. Por isso tudo, a contribuição da infiltração<br />

nos deslocamentos é melhor explicada por chuvas acumuladas. Nos casos apresentados, as<br />

precipitações acumuladas de 25 dias são as mais coerentes, como já havia mostrado Lacerda<br />

(1997, 2000 e 2004). Quando as chuvas acumuladas ultrapassam determinados valores<br />

limites, ocorre a aceleração dos movimentos. Nos casos estudados, a menor taxa foi na Vila<br />

Albertina (150 mm em 30 dias) e a maior no Morro dos Urubus (350 mm em 25 dias).<br />

Tabela 1. Geometria das massas coluviais típicas do sudeste brasileiro (modificado de<br />

LACERDA, 2000).<br />

Local<br />

Referência<br />

Dimensões<br />

(m)<br />

Casa de força Terzaghi (1960) H=120, L=250,<br />

de Cubatão, SP Vargas (1997) d=150, h=20<br />

Costa 500 Via<br />

Anchieta,SP<br />

Angra dos<br />

Reis, RJ<br />

Morro dos<br />

Urubus, RJ<br />

Itacuruçá, RJ<br />

Teixeira e Kanji<br />

(1970)<br />

Vargas (1997)<br />

H=60, L=230,<br />

h=30<br />

Borda Gomes<br />

(1996) H=140, d=120,<br />

Lacerda (1997) h=20<br />

Moreira (1974)<br />

Lacerda (2000)<br />

Freitas (2004),<br />

Lacerda (2004)<br />

Morretes, PR Suzuki (2004)<br />

Vila Albertina,<br />

SP<br />

Godóis et al.<br />

(2009)<br />

Futai et al.<br />

(2011-b)<br />

H=50, L=220,<br />

d=120, h=14<br />

H=60<br />

L=265, d=100,<br />

h=20<br />

H=<br />

L=450, d=120,<br />

h=15<br />

H=100<br />

L=150, d=100,<br />

h=15<br />

β Vol. aprox.<br />

(graus) (10 3 m 3 )<br />

26 500<br />

15 – h w<br />

/h≈1, φ’ = 29º<br />

17 800<br />

17 450<br />

16<br />

13 650<br />

13 180<br />

Observações<br />

Movimento acelerado por escavação<br />

no pé do talude h w<br />

/h= 0,95<br />

Escavação no pé do colúvio acelerou<br />

os movimentos, φ r<br />

’ = 17º<br />

h w<br />

/h= 0,65; Chuva acumulada crítica<br />

de 200mm/25dias<br />

23º abaixo da escavação rochosa, 8º<br />

no pé do escorregamento; φ r<br />

’ = 30º<br />

h w<br />

/h> 1, Chuva acumulada crítica de<br />

350mm/25dias<br />

h w<br />

/h=0,75, φ’ r<br />

= 19º, Chuva<br />

acumulada crítica de 250mm/25dias<br />

h w<br />

/h=0,6, φ’ r<br />

= 21º Chuva acumulada<br />

crítica de 300mm/25dias<br />

h w<br />

/h=1,0; φ’ r<br />

= 28º Chuva acumulada<br />

crítica de 150mm/30dias<br />

Sendo H a altura da encosta, L o comprimento, d a largura, h a espessura da massa instável, β a inclinação<br />

média da encosta, hw a altura do nível freático em relação à superfície de deslizamento.

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