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518<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

A oscilação do nível piezométrico que chegava a quase 4 m sem os drenos passou para<br />

menos de 2 m. Da mesma forma que nos casos anteriores, a infiltração decorrente de chuvas<br />

acumuladas em 25 dias comanda o movimento dessa massa coluvionar.<br />

4.7 Escorregamento na Vila Albertina-SP<br />

Godóis et al. (2009) e Futai et al. (2009 e 2011b) estudaram uma encosta localizada na<br />

zona norte da cidade de São Paulo. Trata-se de uma encosta isolada e que faz parte da Serra da<br />

Cantareira. Neste local há uma massa com 180.000 m 3 de solo instável que se desloca de uma<br />

forma diferenciada dos casos clássicos de escorregamentos.<br />

Diversos estudos, projetos e intervenções foram realizados nessa área nos últimos 20<br />

anos; entretanto, a massa continua em movimento. Por meio de análise de documentos existentes,<br />

tais como fotos aéreas, plantas topográficas, relatórios, além de ensaios e instrumentação<br />

que foram realizados por Godóis (2011), foi possível identificar as causas do movimento.<br />

A área de estudo vem passando, desde a década de 50, por alterações feitas pelo homem.<br />

A encosta foi utilizada como pedreira e área de empréstimo para jazida de solo. No pé<br />

da encosta foram realizados cortes e construído obras de contenção e parte dala foi ocupada<br />

irregularmente por uma favela.<br />

O histórico completo pode ser consultado em Godóis (2011) e é possível resumi-lo em:<br />

• década de 50 – a área foi explorada para ser uma pedreira, porém foi abandonada<br />

porque o maciço rochoso era muito profundo, o solo foi escavado, lançado sem controle<br />

e a área foi abandonada (Figura 24);<br />

Figura 24. Aerofotografia de 1962 da<br />

região estudada (Geografia-FFLCH-USP).<br />

• década de 60: no pé da encosta foi construída uma fábrica, as intervenções causaram<br />

escorregamentos e erosões (Figura 25);<br />

• década de 70: houve intervenções para estabilização feitas pela fábrica, cortes para<br />

formar patamares e o terreno a montante foi ocupado por uma favela;<br />

• década de 80: após chuva intensas, ocorreu ruptura de estruturas de contenções e uma<br />

área ao lado da massa instável foi usada como área de empréstimo para construção de<br />

um aterro sanitário (Figura 26);<br />

• aos poucos a favela foi aumentando (Figura 27);<br />

• a massa composta por aterros e colúvios se desloca sazonalmente, condicionada pelas<br />

infiltrações, por isso, em 2006, foi realizada remoção das residências localizadas na<br />

área instável (Figura 28).

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