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512<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

4.4 Angra do Reis<br />

Brugger et al. (1994), Borda Gomes (1996) e Lacerda (1997) apresentaram estudos sobre<br />

uma massa coluvionar que se move sazonalmente, o que é causado pela flutuação do nível<br />

freático. Trata-se de um movimento em que a superfície de deslizamento fica quase sempre<br />

submersa, porém a elevação da pressão positiva da água acelera a movimentação. Na Figura<br />

14, está apresentada a seção transversal da encosta.<br />

A espessura do solo coluvionarsilte arenoso chega até 20 m de espessura e está sobreposta<br />

a um solo residual jovem silte arenoso de granito-gnaisse. A permeabilidade saturada dos<br />

dois solos é alta (2x10 -2 cm/s). A massa instável tem extensão de 350 m de comprimento, 120<br />

m de largura e 20 m de espessura, o que representa 8000.000 m 3 de volume. A inclinação média<br />

é de 17 o . Os parâmetros geotécnicos obtidos em laboratório foram relatados por Brugger<br />

et al. (1994). O fluxo é quase paralelo à superfície e a , a existência de artesianismo próximo à<br />

crista do talude foi relatado por Borda Gomes (1996).<br />

Figura 14. Seção transversal da encosta de Angra dos Reis (BORDA Gomes, 1996).<br />

O histórico de movimentação começou a ser relatado em 1978, quando ocorreram obras<br />

de escavação. Desde então a encosta foi instrumentada e monitorada. Foram instalados vários<br />

drenos sub-horizontais profundos para re<strong>baixar</strong> o lençol freático, bermas de estabilização e<br />

cortinas em diferentes fases de intervenção. Apesar de o movimento da encosta de Angra dos<br />

Reis ser de uma massa saturada, a principal fonte de recarga da variação do nível freático é a<br />

chuva. No caso das encostas em rastejo similares a esse caso, o comportamento hidrogeológico<br />

não pode ser correlacionado com chuvas de 4 dias, tal como são os casos de escorregamentos<br />

citados anteriormente. A Figura 15 mostra uma direta relação entre o nível piezométrico<br />

com 25 dias de chuva acumulada para o colúvio em Angra dos Reis, resultante do estudo de<br />

Borda Gomes (1996).<br />

A infiltração causada pela chuva acumulada e consequente alteração do nível piezométrico<br />

provocam a movimentação da encosta. A Figura 16 mostra o deslocamento de um inclinômetro<br />

(BORDA Gomes, 1996). Quando os 25 dias de chuva acumulada atingem um valor<br />

de 200 mm, há um movimento ao longo de uma superfície de escorregamento profundo.

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