17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

504<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

livro. Os depósitos com baixa declividade apresentam comportamento diferente. Quando<br />

instáveis, essas massas coluvionares saturadas se movem na forma de rastejo ou em escorregamento<br />

ativo lento e contínuo.<br />

2 Mecanismos de instabização em depósitos coluviovionares<br />

De acordo com Barata (1969), o principal mecanismo de instabilização de taludes em<br />

solos coluvionares é provocado pelos movimentos de rastejo. A elevada permeabilidade da<br />

massa coluvionar permite sua saturação facilmente por infiltração das águas das chuvas, provocando<br />

movimentos lentos. À medida que o movimento se processa, abre-se uma fenda na<br />

parte superior do depósito até o contato com o solo residual, facilitando ainda mais a infiltração<br />

de água.<br />

O movimento, geralmente contínuo, sofre aceleração no período chuvoso. A ocorrência<br />

de chuvas de intensidade elevada pode levar o colúvio à ruptura. Esse processo pode ser<br />

agravado se forem realizados cortes no pé do talude (D’Appolonia et al., 1967). O processo<br />

de instabilização de massas coluvionares em movimento de rastejo envolve: parâmetros de resistência<br />

residual (coesão nula e ângulo de atrito residual), elevação do nível piezométrico da<br />

encosta e precipitação pluviométrica. Segundo Lacerda (2002), a instabilização de taludes coluvionares<br />

com nível freático próximo à superfície pode ocorrer devido às seguintes situações:<br />

• espontaneamente, quando o lençol permanece elevado devido à precipitação contínua<br />

– nesse caso, as velocidades de fluência aumentam, mas não há ruptura súbita, pois o<br />

solo se deforma no estado plástico, como mostra a Figura 1a;<br />

• escavações, mesmo de pequena altura, no pé do talude, como pode ser visto na Figura<br />

1b;<br />

• carregamento no topo do talude, apresentada na Figura 1c;<br />

Figura 1. Processos de Instabilização de massas coluviais saturadas (LACERDA, 1997).<br />

• por choque (AVELAR, 1996) ou carregamento súbito devido ao novo escorregamento<br />

a montante.<br />

Lacerda (2002) associou quatro processos de movimento em colúvios com as condições<br />

de fluxo d’água no talude:<br />

• injeção de água através de veios permeáveis na rocha matriz, como mostra a Figura 2a;<br />

• choque de blocos de rocha de grandes dimensões numa massa saturada, como descrito<br />

por Lacerda (1997);<br />

• bloqueio do fluxo na camada subjacente de solo residual por um dique impermeável,<br />

apresentado na Figura 2b;<br />

• pequenas variações de permeabilidade na massa coluvial.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!