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Capítulo 26<br />

Infiltração e movimentos de massas<br />

coluvionares saturadas<br />

Marcos Massao Futai<br />

Willy Alvarenga Lacerda<br />

Silvia Suzuki<br />

1 Introdução<br />

Os depósitos coluvionares formados em clima tropical (elevada temperatura e muita<br />

chuva), como do Brasil, têm características distintas dos solos com mesma a designação do<br />

hemisfério norte (mais argilosos ou formados por erupções vulcânicas). Os depósitos coluvionares<br />

ocorrem em várias encostas, sendo muito comuns na Serra do Mar, por exemplo.<br />

Nas obras lineares, tais como rodovias, ferrovias, dutovias, linhas de transmissão, etc., quase<br />

sempre precisam atravessar massas coluviais instáveis.<br />

O índice de vazios é um índice físico que pode ser usado para diferenciar os colúvios,<br />

pois é, geralmente, maior que a camada de solo residual. Esses valores estão entre: (a) 0,6 a<br />

0,9 em solos saprolíticos; (b) 0,7 a 1,5 em solos residuais de gnaisse granito, e (c) 1,0 a 2,5<br />

em solos coluvionares (LACERDA, 2004). Amaior porosidade no solo coluvionar reflete na<br />

permeabilidade; por isso, em geral, os solos coluvionares são mais permeáveis que os solos<br />

residuais. Isso foi mensurado por vários pesquisadores, tais como Futai (2002), que estudou<br />

um perfil de intemperismo de solo com origem gnáissica, e Lacerda e Lopes (1992), que realizaram<br />

ensaios no maciço do Corcovado. Porém, essa variação de permeabilidade saturada<br />

com a profundidade não pode ser generalizada, pois, nos casos estudados por Wolle (1988),<br />

demostrou-se justamente o contrário, conforme já discutido por Futai et al. (2011a) neste<br />

mesmo livro.<br />

O escorregamento em solos residuais pode ocorrer por uma das causas (redução de<br />

sução ou geração de rede de fluxo temporária) apresentada Nos Capítulos 23 e 24. O depósito<br />

desses escorregamentos, ao longo dos taludes, pode formar espessas acumulações de solos e<br />

blocos, que são os depósitos coluvionares. Profundidades de 30 m, ou mais, de solos coluvionares<br />

podem ser observadas ao longo das estradas e outras obras, preenchendo depressões<br />

originais do terreno. No Rio Grande do Sul, existem muitos depósitos coluvionares derivados<br />

de rochas basálticas os quais têm muitas características (velocidade de deslocamento, nível<br />

freático, inclinação da encosta, etc.) em comum com os colúvios do gnaisse-granito, típicos<br />

da região sudeste.<br />

As encostas com solo coluvionares com inclinação elevada (maiores que 30º), em geral,<br />

não têm nível freático elevado e, por isso, podem estar sujeitos a escorregamentos verdadeiros.<br />

O comportamento frente à infiltração foi discutido por Futai et al. (2011a) neste mesmo

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