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498<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

onde: L w,PA<br />

– Precipitação antrópica; N – número de lotes; R – coeficiente de retorno; Pc<br />

– coeficiente de consumo de água per capta (l/hab dia); N HD<br />

– número de habitantes por<br />

domicílio.<br />

A Figura 30 ilustra o modelo conceitual da distribuição da precipitação antrópica proposta<br />

por Assunção (2005).<br />

Figura 30. Modelo conceitual de distribuição da precipitação antrópica (ASSUNção, 2005).<br />

O levantamento de como a água é usada e descartada, realizado por Assunção (2005),<br />

para a Encosta do Alto da Boa Vista, definiu a seguinte proporção para o destino das águas<br />

residuárias: 40% infiltram; 33% evaporam e 27% escoam.<br />

As águas que escoam superficialmente (run off) são descartadas na própria face do talude<br />

e se concentram em um ou dois pontos. Assunção (2005) admitiu que a precipitação<br />

antrópica ocorre continuamente, sem fazer distinção de horários e períodos do ano. A precipitação<br />

antrópica varia em função da taxa de ocupação e do consumo per capita; por isso,<br />

há uma variação temporal. No caso estudado por Assunção (2005), a precipitação antrópica<br />

tem valores entre 68% a 93% da precipitação anual (Tabela 3), ou seja, pode quase dobrar. Nas<br />

Figuras 31 e 32, está mostrada a comparação das precipitações mensais (Figura 31) e diária<br />

(Figura 32) com a precipitação antrópica.<br />

Os efeitos da infiltração em encostas ocupadas e suas consequências na estabilidade precisam<br />

ser avaliados segundo outra ótica. Conforme demostrado por Assunção (2005), apenas<br />

40% da precipitação antrópica infiltra. Portanto, nos meses de déficit hídrico, ele pode ser<br />

menor que a taxa de evapotranspiração.<br />

A precipitação antrópica atua como um agente preparatório para escorregamentos que<br />

rebaixa o nível de segurança das encostas ocupadas quando comparadas com outra encosta<br />

que apresente as mesmas características e não tenha infiltração de parte das águas residuárias.<br />

Em outros casos, a ruptura de tubulações de esgoto ou água pluvial pode atuar como agente<br />

preparatório (pequenos e contínuos vazamentos) ou mesmo deflagrador do escorregamento<br />

(rupturas de adutoras e tubulações).<br />

Os escorregametos decorrentes de ruptura/vazamentos de tubulações não são fáceis de<br />

serem previstos; porém, no caso da precipitação antrópica, é possível utilizar a proposta de<br />

Assunção (2005) para mensurar os valores com relativa precisão.

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