17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Efeito da infiltração na elevação de nível freático nas encostas 497<br />

4.5 Metodologia para definir a contribuição da precipitação antrópica<br />

O rompimento de tubulações de água pode ser o agente deflagrador de escorregamento,<br />

mas não é uma situação fácil de ser prevista. Pequenos vazamentos podem não deflagrar os<br />

escorregamentos, mas podem ser agentes preparatórios, e esses podem ser ainda mais difíceis<br />

de serem mensurados.<br />

A infiltração adicional de origem antrópica pode ser um agente preparatório adicional à<br />

precipitação ou até mesmo deflagrar um escorregamento. Na Tabela 2, estão resumidos os casos<br />

apresentados anteriormente, nos quais houve influência da ação humana para aumentar a<br />

infiltração de água na encosta e promover o escorregamento. Os quatro casos são de encostas<br />

não saturadas em que escorregamento foi causado pela redução da sucção ou pela geração de<br />

uma rede de fluxo. Em condições normais, a sucção mínima seria capaz de manter a estabilidade,<br />

mesmo que precária, dessas encostas. Os parâmetros de resistência que governam o<br />

comportamento mecânico do maciço são de pico, e a inclinação dos taludes é elevada (maior<br />

que 30º).<br />

Tabela 2. Resumo dos casos de escorregamentos induzidos por infiltração antrópica adicional.<br />

Local Referência Características do solo Talude e Escorregamento<br />

Inclinação 40º, altura de 50 m.<br />

Assunção<br />

Alto Bom Viver,<br />

Solo residual de granulito Nível d’água não detectado nas<br />

(2005) e Jesus<br />

Salvador-Ba<br />

Inundado: c’ = 23,7kPa, φ'= 27,1º sondagens.<br />

(2008)<br />

F Ssat<br />

=0,94 e F Snat<br />

=1,13<br />

Alto do<br />

Reservatório,<br />

Recife-PE<br />

Nova<br />

Friburgo-RJ<br />

Túnel<br />

Rebouças-RJ<br />

Gusmão fo et al.<br />

Formação barreira<br />

(1997) , Ferreira<br />

Inundado: c’ = 7kPa, φ'= 25º ,<br />

e Lima (2005)<br />

De Campos et<br />

al. (2005)<br />

Feijó et al.<br />

(2009)<br />

Solo maduro e aterro k sat<br />

= 2 a<br />

6x10 -6 m/s, Inundado: c’=0, φ'=<br />

30,6º<br />

Capa de 40 cm de aterro, 1,5 m de<br />

solo residual maduro seguido do<br />

solo jovem.<br />

35.000 m 2 , 50.000 m 3 ,<br />

Inclinação 31º<br />

F Ssat<br />

≈1 e F Snat<br />

=2,2<br />

Inclinação 34º, F Ssat<br />

≈1,1; 80 m 3<br />

Inclinação que varia entre 35 o e<br />

45 o , nível freático 3 m acima da<br />

superfície de deslizamento para<br />

instabilizarão.<br />

Nas encostas ocupadas sem controle, as águas residuárias são lançadas no terreno indiscriminadamente.<br />

O volume de água diário lançado no meio ambiente depende da taxa demográfica<br />

e do consumo per capita. Santos e Assunção (2005) estudaram a contribuição das águas<br />

residuárias na infiltração do solo e propuseram uma metodologia para quantificá-la. Eles verificaram<br />

que o lançamento das águas é distribuído ao longo de toda área, aumentando a capacidade<br />

de infiltração e reduzindo a possibilidade de erosão ou inundação. Segundo os autores, as<br />

águas residuárias podem evaporar, infiltrar ou escorar de forma pontual, linear ou distribuída.<br />

Após algumas deduções, Santos e Assunção (2005) chegaram a uma expressão por meio<br />

da qual é possível calcular o que chamaram de precipitação antrópica, que é dada por:<br />

L W,PA<br />

= R x Pc x N HD<br />

N<br />

(1)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!