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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Figura 17. Perfil da pressão de água para q=ksat ao<br />

longo do tempo (Edgers e NADIM, 2004).<br />

Figura 18. Perfil da pressão de água para q=0,2 ksat<br />

ao longo do tempo (Edgers e NADIM, 2004).<br />

A partir dessa informação, eles passaram a fazer um estudo de caso de debris flows que<br />

ocorrem na Noruega. As encostas são cobertas por solos glaciais ou coluvionares de pequena<br />

espessura (0,5 m a 1 m) com elevada permeabilidade por causa de raízes, penetração de gelo<br />

e ação de organismos. Abaixo desse solo superficial, há um solo com permeabilidade relativamente<br />

menor. Os debris flow são provocados por chuvas pesadas associadas com neve. Na<br />

Figura 19, está apresentado um exemplo de dados pluviométricos do mês de agosto de 1975.<br />

O debris flow ocorreu no dia 19 na Noruega, após 16h de chuva, sendo 14h de chuva de baixa<br />

intensidade seguida de 4h de chuva intensa. A simulação desse caso foi feita com permeabilidade<br />

saturada de 10 -7 m/s para a camada superior; para a camada inferior, foi adotada permeabilidade<br />

com 4, ordem de grandeza menor que a anterior. O resultado dessa análise está<br />

mostrado na Figura 20. A mudança da pressão de água negativa para positiva é muito rápida<br />

(Figura 20), praticamente a variação da coluna de água positiva se forma instantaneamente<br />

após a anulação da sucção. O tempo necessário previsto pela simulação para que ocorresse<br />

uma mudança brusca foi de 13,9h, bem próximo ao tempo observado em 1975 (Figura 19).<br />

Figura 19 – Dados pluviométricos que causaram<br />

debris flow na Noruega (Edgers e NADIM,<br />

2004).<br />

Figura 20. Perfil da pressão de água ao longo do<br />

tempo para o caso do debris flow na Noruega<br />

(Edgers e NADIM, 2004).<br />

O caso analisado por Edgers e Nadim (2004) também poderia ocorrer nas encostas brasileiras,<br />

tais como os casos citados neste capítulo. Ainda não houve casos em que se pode<br />

confirmar essa hipótese, porque seria necessária uma instrumentação automática e de longo<br />

prazo. Essa elevação instantânea como uma “bomba d’água” só deve ocorrer em condições

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