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Efeito da infiltração na elevação de nível freático nas encostas 489<br />

Essas duas situações foram associadas com as trajetórias de tensões no diagrama p:q e<br />

com a trajetória de umedecimento na curva de retenção, conforme ilustrado na Figura 13.<br />

Em situações de chuvas extremas podem ocorrer movimentos de massa pós-escorregamentos.<br />

Existem dois cenários possíveis de instabilização que podem se desenvolver em solos<br />

inicialmente não saturados. No Caso 1 (taludes íngremes), é mais provável a evolução de pós-<br />

-escorregamento para um fluxo saturado, como deslizamento de terra.<br />

De fato, com um declive suave, a ocorrência de corrida pode estar relacionada a um<br />

desenvolvimento de pressões positivas se as seguintes condições forem satisfeitas: suscetibilidade<br />

do solo à liquefação estática; estabelecimento de uma condição totalmente saturada no<br />

início da instabilidade, e taxa de dissipação lenta de pressão de água nos poros, em comparação<br />

com a taxa de movimentação.<br />

A Figura 14-a mostra o escorregamento em Cervinara e é um exemplo do caso de talude<br />

íngreme. A inclinação da encosta é da ordem de 40˚ e o ângulo de atrito do solo um pouco<br />

menor que 40˚. Ocorreu o fenômeno de liquefação com profundidade da ordem de 1,5 m.<br />

A Figura 14-b é do Monte Spina, cujo talude é muito íngreme. O escorregamento foi<br />

raso com espessura média de 1,2 m envolvendo cobertura piroclástica com declive de 48˚ e<br />

ângulo de atrito de 35˚.<br />

No caso de Cervinara, Olivares e Damiano (2007) descreveram que a ruptura ocorreu<br />

em condições de saturação quase total, quando a inclinação era próxima do ângulo de atrito.<br />

A redução da sucção próxima à saturação reduz a resistência; ao mesmo tempo, são geradas<br />

tensões de cisalhamento sob condições parciais ou totalmente não drenadas. Se a trajetória<br />

de tensão gerada atingir a envoltória de resistência (Figura 14-a), ocorrerá o deslizamento.<br />

No caso de Cervinara, o movimento pós-escoamento nos depósitos liquefeitos causou uma<br />

corrida.<br />

No caso do Monte Spina, em que a inclinação é muito maior que o ângulo de atrito, a<br />

ruptura ocorreu quando o solo ainda apresentava sucção e, portanto, com grau de saturação<br />

significativamente menor que a unidade (OLIVARES e DAMIANO, 2007). Para racionalizar<br />

o problema, foi proposto o fluxograma da Figura 15, que resume as possibilidades de resposta<br />

de um talude infinito de solo granular exposto à água.<br />

Figura 14. Fotos dos escorregamentos em (a) Cervinara e (b) Monte Spina (OLIVARES e DAMIANO,<br />

2007).

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