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488<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

mentos de 0,5 m a 5,0 m. As cicatrizes desses escorregamentos podem ser vistas na Figura 12,<br />

em que a forma alongada se assemelha às observadas na Serra do Mar.<br />

Movimentos pós-ruptura levaram à formação de corridas, provavelmente pelo fenômeno<br />

de liquefação estática. O volume dos escorregamentos foi aumentando devido à incorporação<br />

de solos erodidos de voçorocas e, em alguns casos, à incorporação de pequenos escorregamentos.<br />

O volume total de massa de solo que deslizou foi de aproximadamente 3 milhões<br />

de m³ e as velocidades estimadas variaram de 1 a 20 m/s. Por meio de ensaios realizados com<br />

amostras indeformadas, foram obtidos valores de ângulos de atrito efetivo que variaram de<br />

30˚ a 37˚ e as coesões efetivas foram menores que 5 kPa (Cascini e Sorbino, 2003).<br />

Cascini e Sorbino (2003) mediram a sucção durante o período de novembro de 1999<br />

a abril de 2002. As medidas de sucção foram realizadas em profundidades inferiores a 2 m.<br />

Conforme esperado, a sucção variou sazonalmente, reduzindo com aumento da precipitação;<br />

entretanto, não foram registrados valores de pressão positiva de água.<br />

Olivares e Damiano (2007) estudaram a região de Campania na Itália, onde ocorrem<br />

muitos escorregamentos em solos piroclásticos. As encostas têm inclinação (α) média variando<br />

entre 38˚ e 45˚, semelhantes às encostas brasileiras (Capítulo 24).<br />

Em relação ao processo de instabilidade que atingem essas áreas, Olivares e Damiano<br />

(2007) identificaram dois cenários que podem ser reconhecidos de acordo com a morfologia<br />

do talude:<br />

• Caso (1) – encosta íngreme, ângulo de inclinação próximo ou ligeiramente maior que<br />

o ângulo de atrito: o ponto representativo do estado de tensões no início da instabilidade<br />

é próximo à envoltória de resistência para material saturado (Figura 13-a);<br />

• Caso (2) – encosta muito íngreme, ângulo de inclinação significativamente maior que<br />

o ângulo de atrito: o ponto que representa o estado de tensões no início da instabilidade<br />

está localizado bem acima da envoltória de resistência ao cisalhamento do material<br />

saturado (Figura 13-b).<br />

Figura 12. Planta dos deslizamentos<br />

ocorridos em 1998 na Itália (Cascini e<br />

Sorbino, 2003).<br />

Figura 13. Estado de tensões induzidos por<br />

precipitação em (a) encostas íngremes e<br />

(b) encostas muito íngremes (OLIVARES e<br />

DAMIANO, 2007).

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