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Efeito da infiltração na elevação de nível freático nas encostas 483<br />

O material envolvido era um solo residual com espessura em torno de 7 m em contato<br />

com a rocha impermeável. Não houve investigação detalhada, muito menos se usaram conceitos<br />

de solos não saturados, pois, naquela época, essa teoria ainda na havia se difundido.<br />

Porém, pode-se especular que havia contribuição da sucção para que a encosta fosse estável<br />

em virtude da elevada inclinação da encosta. Vargas (1999) relatou que sondagens realizadas<br />

após o escorregamento não registraram nível d’água, o que confirma que a encosta permanece<br />

não saturada quando está estável. Vários pesquisadores calcularam a estabilidade do Morro<br />

da Caneleira e todos concluíram que só uma pressão de água positiva poderia ter causado o<br />

escorregamento.<br />

Figura 1. Escorregamento do Morro da Caneleira<br />

(VARGAS, 1999)<br />

Figura 2. Foto do escorregamento<br />

do Morro da Caneleira (http://www.<br />

novomilenio.inf.br).<br />

2.2 Escorregamento do Monte Serrat-Santos-SP<br />

Outro caso com características semelhantes foi o escorregamento do Monte Serrat (Figura<br />

3). Nesse local, ocorreram dois escorregamentos conhecidos: um em 1928 e outro em<br />

1956, causados pelos mesmos motivos do escorregamento no Morro da Caneleira. Entretanto,<br />

o escorregamento no Monte Serrat foi mais profundo e próximo a uma configuração circular,<br />

conforme está mostrado na Figura 4. Vários autores também retroanalisaram o caso e, por<br />

isso, há uma variação do r u<br />

em função dos parâmetros adotados ou do método de cálculo.<br />

Porém, todos concluíram que só um valor de pressão de água positiva justificaria o escorregamento.<br />

Apesar de históricos, os casos de Monte Serrat e Caneleira não tinham monitoramento<br />

de piezometria para confirmar a oscilação do nível freático.<br />

Figura 3. Foto do escorregamento do Monte<br />

Serrat (http://www.blogcaicara.ccom.br).<br />

Figura 4. Escorregamento do Monte Serrat<br />

(VARGAS, 1999).

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