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Infiltração e estabilidade de encostas em condições não saturadas 469<br />

Após a constatação da importância da intensidade e a duração da chuva em 2005, Cardoso<br />

Jr. e Futai (2009) fizeram outras análises do efeito da infiltração em taludes não saturados,<br />

usando dados reais de precipitação para a cidade de São Paulo.<br />

Para investigar os efeitos de duração de chuva na estabilidade da encosta, Ng e Shi (1998)<br />

adotaram chuvas com período de retorno de 10 anos, considerando que a intensidade da chuva<br />

é igual à taxa de infiltração, conforme indicado na Figura 14. Esses dados foram utilizados<br />

para realizar a análise de infiltração para diferentes durações e calcular o fator de segurança ao<br />

final da chuva (Figura 15). Ao final de cada período de chuva, foi adicionada uma tempestade<br />

de duração de 2 horas com intensidade de 74 mm/h, para avaliar a influência da infiltração<br />

das chuvas antecedentes no fator de segurança. A seleção de chuvas de duas horas foi baseada<br />

em estudo de Brand et al. (1984), que concluiu que tempestades de curta duração têm maior<br />

impacto sobre a estabilidade. Ng e Shi (1998) concluíram que, de acordo com o esperado, a<br />

chuva de 2 horas afeta o fator de segurança com ou sem chuva antecedente, mas sua influência<br />

sobre o fator de segurança depende da duração da chuva antecedente.<br />

Figura 14. Relação entre intensidade e duração da precipitação usada por Ng e Shi (1998).<br />

Figura 15. Variação do fator de segurança com a duração da chuva (Ng e Shi, 1998).<br />

Para uma precipitação antecedente menor que a duração crítica, a queda no fator de<br />

segurança causado pela tempestade aumenta com a duração, como mostrado na Figura 15.<br />

Por outro lado, torna-se menor quando a duração de um evento de precipitação antecedente<br />

é maior que o valor crítico. A maior influência da tempestade se dá justamente no período<br />

de duração crítico, que, para o local estudado, é de 3 a 7 dias (Figura 15). Essa duração crítica<br />

confirma a utilização da chuva acumulada de 4 dias usada na correlação proposta por Tatizana<br />

et al. (1987).

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