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Infiltração e estabilidade de encostas em condições não saturadas 459<br />

sucção na resistência do solo. Existem vários programas que realizam buscas automáticas da<br />

superfície de deslizamento crítica.<br />

Vários autores, como Rahardjo et al. (1995), Fourie et al. (1999), Cho e Lee (2002), Duarte<br />

et al. (2005), Muntohar e Liao (2010), determinaram o fator de segurança com modelo<br />

simplificado de talude infinito. Adotando-se a envoltória de resistência proposta por Fredlund<br />

et al. (1978), o fator de segurança de um talude infinito é dado por:<br />

Os escorregamentos rasos em solos coluvionares e residuais são muito comuns em regiões<br />

tropicais, associadas, principalmente, com períodos de precipitação intensa. Muitos desses<br />

casos podem ser interpretados por meio de taludes infinitos.<br />

Uma vez definida a distribuição da sucção e os parâmetros de resistência, o cálculo do<br />

fator de segurança é uma tarefa simples. Mas para se ter uma representatividade da condição<br />

real, é preciso conhecer-se a distribuição espacial e temporal da sucção.<br />

O cálculo de estabilidade deixa de ser uma análise única para um talude. Além disso,<br />

depende fundamentalmente da interação do talude com as condições climáticas associadas<br />

com a infiltração da água da chuva, a variação do nível freático ou outro mecanismo que altere<br />

a distribuição da sucção no solo. Em vista da importância da infiltração na estabilidade<br />

dos taludes não saturados, reservou-se a próxima seção para discutir exclusivamente esse<br />

tópico.<br />

(1)<br />

3 Causas de instabilização das encostas devido à infiltração<br />

Dentre os agentes causadores de escorregamento em geral, pode-se dizer que, no caso de<br />

solos não saturados, o principal é a água. A instabilização pode se dar por infiltração (chuva,<br />

lançamento de águas servidas, ruptura de tubulações, etc.) ou pela subida do nível freático<br />

e consequente redução de sucção. Existem outras causas de escorregamentos que não estão<br />

relacionadas com infiltração, mas não farão parte do escopo deste capítulo.<br />

A água pode ser tanto agente preparatório para o escorregamento, como deflagrador<br />

desse processo. Por isso, para se entender o comportamento de encostas em condições não<br />

saturadas, é fundamental entender como ocorrem a infiltração e a distribuição de umidade<br />

(ou grau de saturação ou sucção). Terzaghi (1950) identificou com muita clareza três causas<br />

de escorregamentos: interna, externa e intermediária. Dentre as causas, a água tem papel<br />

fundamental, pois pode tanto promover o aumento do peso específico devido ao aumento de<br />

umidade, como aumentar a pressão hidrostática em meios fraturados e gerar pressão de água<br />

positiva decorrente da percolação. No caso dos solos não saturados, a redução da resistência<br />

provocada pela queda de sucção pode comandar o processo de instabilização.<br />

Existem tentativas de se correlacionar duração e intensidade de chuvas com escorregamentos.<br />

As propostas de Guidicini e Iwasa (1976) e Tatizana et al. (1987) são as mais difundidas<br />

na literatura nacional. As duas correlações foram desenvolvidas para a Serra do Mar, em<br />

Cubatão-SP, mas têm diferenças conceituais. Guidicini e Iwasa (1976) usaram como comparação<br />

as chuvas acumuladas a partir de julho até a data do evento.

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