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Capítulo 24<br />

Infiltração e estabilidade de encostas em<br />

condições não saturadas<br />

Marcos Massao Futai<br />

Denielle Fernanda Morais de Melo<br />

Carlos Rezende Cardoso Júnior<br />

Veroska Dueñas Zambrana<br />

1 Introdução<br />

A principal causa dos escorregamentos no Brasil é a água, que pode atuar como agente<br />

preparatório e deflagrador dos escorregamentos. Os escorregamentos podem ocorrer em<br />

solos não saturados ou saturados. Em ambas as condições, a água comanda o processo<br />

de instabilização. A redução da sucção, a saturação do solo ou a elevação do nível freático<br />

dependem da interação do solo com as condições climáticas. Em condições normais, a infiltração<br />

da água da chuva é a principal fonte de água das encostas. Em encostas ocupadas,<br />

pode haver lançamento de águas servidas e, em outros casos, vazamentos de tubulações<br />

de água ou esgoto, os quais também podem contribuir para infiltração. Neste capítulo, é<br />

dado enfoque para a infiltração como agente preparatório, deflagrador ou acelerador de<br />

deslizamentos.<br />

Os escorregamentos, responsáveis por desastres que causam vítimas e perdas econômicas,<br />

são muito comuns em países como o Brasil. O clima tropical contribui para formação de<br />

solos espessos, além de apresentar elevados índices pluviométricos.<br />

Os mecanismos de escorregamento em taludes ou encostas não saturados são complexos,<br />

porque não se pode adotar uma condição estacionária de fluxo para realizar uma análise<br />

realista. Os conceitos básicos da mecânica dos solos não saturados já estão consolidados. O<br />

meio técnico sabe como considerar o efeito da sucção na resistência do solo e também nas<br />

características hidráulicas do solo. Da mesma forma, há equipamentos com sucção controlada<br />

(ou medida de sucção) para obtenção dos parâmetros dos solos não saturados. Também<br />

houve um grande desenvolvimento de modelos teóricos e sua implementação em programas<br />

computacionais. Atualmente, dispõe-se de vários programas comerciais que incorporam esses<br />

conceitos.<br />

Apesar da disponibilidade de ferramentas para se projetar usando os conceitos de solos<br />

não saturados, isso ainda não é prática comum em quase todo mundo. Neste capítulo, não se<br />

pretende estabelecerem metodologias de projetos de estabilidade usando conceitos de infiltração<br />

em solos não saturados, mas, sim, sintetizar alguns aprendizados que podem ser reunidos<br />

a partir de alguns casos reais.

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