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Risco em obras devido à infiltração 453<br />

Figura 10. Degradação do solo, erosão no entorno da base da fundação.<br />

O solo é ácido (pH < 7). A saturação por bases é baixa até a profundidade de 4,10 m; a<br />

partir dessa profundidade até 6,50 m, passa a ser alta. Quanto à retenção por cátions, à saturação<br />

por alumínio e ao grau de saturação por bases, verifica-se que de 0,0 a 4,50 m o solo é<br />

acríco, passando a eutrófico de 4,50 a 6,50 m. A condutividade elétrica é alta e superior a 27<br />

µS. Com base na capacidade de troca catiônica, a argila é de baixa atividade, confirmando os<br />

critérios de Skempton (1953) e de Van der Merwe (1964).<br />

A dispersividade da fração argila foi analisada pelos seguintes métodos: Comparativo<br />

de granulometria e Análise química. Os resultados são apresentados na Tabela 2. No ensaio<br />

Comparativo de granulometria, há uma redução da fração de argila do solo quando não se<br />

usa defloculante, indicando que o solo encontra-se naturalmente com sua estrutura floculada.<br />

A porcentagem de dispersão do solo entre as profundidades de 0,60 a 1,00 m, 3,00 a 4,10 m e<br />

6,30 e 6,50 m ficou compreendida entre 20% e 50%, indicando que o solo é moderadamente<br />

dispersivo, correspondendo a 33% dos resultados; nas demais profundidades, o solo é não dispersivo.<br />

A partir dos resultados dos ensaios químicos, obteve-se a relação entre o total de sais<br />

no extrato de saturação e a porcentagem total de sódio. Nota-se que a maioria dos resultados<br />

(80%) encontrava-se na Zona 1, indicando tratar-se de argilas altamente dispersivas, e 20%<br />

dos resultados encontram-se nas Zonas 3 e 4 de argilas pouco dispersivas e não dispersivas<br />

(Figura 11), considerando o critério de classificação de Sherard (1972).<br />

As argilas dispersivas possuem preponderância de cátions de sódio dissolvidos na água<br />

intersticial, enquanto as argilas resistentes à dispersão possuem comumente cátions de cálcio<br />

e magnésio. As argilas dispersivas erodem facilmente na presença de água, quando a força repulsiva<br />

(superfície elétrica), atuante entre as partículas de argila, excede a força de atração (Van<br />

der Walls). Assim, essas partículas são progressivamente separadas da massa, ficando em uma<br />

suspensão coloidal. Quanto menor o teor de sódio e maior a quantidade de sais existentes na<br />

água livre do solo, menor será a susceptibilidade à dispersão da amostra de solo considerada<br />

(Sherard, 1972). Por outro lado, se a quantidade de sais dissolvidos na água livre do solo for<br />

alta, poderá predominar a ação dos cátions cálcio, magnésio e potássio que tendem a flocular as<br />

partículas de argila. Assim, a determinação dos sais dissolvidos na água livre é importante na<br />

análise da dispersividade.<br />

Dos dois métodos de identificação de argilas dispersivas utilizados, que toma por base os<br />

resultados dos ensaios comparativos de granulometria e químico, o que melhor identificou a<br />

suscetibilidade da argila de dispersar em água foi o que se baseia nos resultados do proposto<br />

por Sherard (1972), que permite quantificar o total de sais dissolvidos na solução e a porcentagem<br />

de sódio na solução.

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