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436<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Em resumo, a análise qualitativa do risco deve incluir:<br />

1. a identificação e classificação de todas as possíveis ameaças;<br />

2. definição das probabilidades de ocorrência de todas as ameaças identificadas;<br />

3. estimação das consequências dada a ocorrência de cada uma das ameaças;<br />

4. cálculo da matriz de risco e identificação, mediante o processo de classificação, dos<br />

riscos importantes que serão analisados, individualmente, na fase quantitativa.<br />

Esse processo pode ser feito mediante as diferentes metodologias de trabalho grupal<br />

existentes, tais como as chuvas de ideias, as metodologias do tipo Delphi com todas suas<br />

variações (LANDETA et al. 2011), entre outras, manejadas isoladamente ou como uma combinação<br />

entre elas. O objetivo final é obter uma matriz que permita identificar os riscos importantes,<br />

definindo, assim, aqueles riscos que serão considerados na análise quantitativa.<br />

Um risco é importante quando a consequência é importante (desde o ponto de vista político,<br />

econômico o administrativo), quando a probabilidade de ocorrência é alta, ou quando a combinação<br />

dos dois é alta, considerando que finalmente tudo deve ser submetido ao critério do<br />

especialista, o qual, por sua vez, deve apresentar a capacidade de ver além do produto P(A)*C.<br />

6.2 Identificação e classificação das ameaças<br />

Segundo Eskesen et al. (2004), nos processos de identificação e de classificação das ameaças,<br />

deverão ser levadas em conta as causas comuns dos eventos ameaçantes, tais como:<br />

1. a complexidade e maturidade das tecnologias aplicadas;<br />

2. condições adversas do subsolo e da água no solo;<br />

3. incompetência gerencial ou técnica;<br />

4. fatores humanos e/ou erros humanos;<br />

5. falta de comunicação e coordenação entre as partes internas e externas do empreendimento;<br />

6. combinações de vários eventos indesejados, que individualmente não são necessariamente<br />

críticos.<br />

Em relação aos projetos geotécnicos de obras subterrâneas, os principais tipos de risco são:<br />

1. risco geológico, relacionado à insuficiência de informação obtida por meio das investigações<br />

planejadas;<br />

2. risco de projeto, especialmente relacionado à dificuldade de adaptação do projeto às<br />

condições geomecânicas encontradas, construção inapropriada, experiência do projetista<br />

limitada e limitações contratuais;<br />

3. risco de construção, relacionado à seleção de uma técnica construtiva inapropriada ou<br />

insuficientemente industrializada, ocorrência de instabilidade, experiência do construtor,<br />

e limitações contratuais;<br />

4. risco financeiro, relacionado a limitações sociais e políticas, confusa definição de responsabilidades,<br />

litígios, e seguridade.<br />

As ameaças mais relevantes associadas a esses riscos, tanto por sua alta probabilidade de<br />

ocorrência, como pela apresentação de consequências importantes, ou ainda por uma combinação<br />

de ambos os elementos, são:<br />

1. Modelo geológico-geotécnico equivocado;

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