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Análise e gestão do risco 431<br />

São muitas as discussões referentes à gestão do risco que se encontram na bibliografia<br />

(Sturk et al., 1996; Einstein, 1996; Eskesen et al., 2004; Guglielmetti et al., 2008).<br />

Em termos gerais, os especialistas coincidem em relação aos elementos que devem constituir<br />

a gestão do risco e às suas definições. Existe, porém, um desentendimento relacionado com a<br />

metodologia de gestão do risco que forneça um caminho bem definido, em que passos sejam<br />

indicados para a implementação da GR em um empreendimento civil. O anterior leva, geralmente,<br />

ao fracasso no processo da GR, um dos motivos pelos quais se paralisou a popularização<br />

e aplicação das metodologias de GR nos seu início quase duas décadas atrás (Meng<br />

et al., 2010).<br />

2 Gestão do risco<br />

Além da definição dada pela Associação Internacional de Túneis e do Espaço Subterrâneo<br />

(ITA), apresentada no início do capítulo, Guglielmetti et al. (2008) apresentam uma<br />

definição para Gestão do Risco aplicável em projetos de obras subterrâneas que poderia se estender<br />

a projetos de engenharia civil. Segundo os mencionados autores, a GR é o processo que<br />

consiste em identificar e listar as potenciais ameaças associadas às atividades características<br />

das obras subterrâneas, atribuir uma probabilidade de ocorrência a cada ameaça, designar um<br />

índice de severidade à consequência e tomar medidas que permitam reduzir a probabilidade<br />

de ocorrência da ameaça e/ou a severidade da consequência.<br />

Tanto as publicações de Guglielmetti et al. como aquelas da ITA (Eskesen et al., 2004)<br />

constituem o maior avanço no estado do conhecimento da GR em obras geotécnicas. As Metodologias<br />

de Gestão do Risco (MGR) têm coincidências e diferenças. De maneira geral todas<br />

coincidem, por exemplo, em relação à importância de incluir a identificação dos riscos (IR),<br />

à análise dos riscos (AR) individuais e à necessidade de comparar o risco do sistema com<br />

algum critério de aceitação (comparação que Guglielmetti et al. definem como cálculo do<br />

risco residual e a ITA como processo de determinação do risco). Por outro lado, diferem,<br />

principalmente, em relação ao momento em que a GR deve ser aplicada dentro das diferentes<br />

etapas dos empreendimentos. Para alguns autores, é importante considerar a GR tanto na<br />

etapa de projeto como nas etapas de contratação e construção. Em contraste, outros opinam<br />

que só as etapas de projeto e construção precisam da gestão do risco, deixando fora as etapas<br />

menos geotécnicas associadas aos processos de contratação. A seguir, são descritas as etapas<br />

do processo da GR segundo apresentado por Eskesen et al. (2004):<br />

Etapa 1 – Projeto. Nesta etapa são indispensáveis:<br />

1. Estabelecimento de políticas de risco;<br />

2. Estabelecimento de critérios de aceitação do risco;<br />

3. Determinação qualitativa do risco do projeto;<br />

4. Análise detalhada de áreas de interesse especial ou de particular preocupação.<br />

Etapa 2 – Licitação e Negociação do Contrato. Por se tratar de uma etapa na qual estão<br />

envolvidos não só riscos geotécnicos, mas também riscos financeiros e até mesmo variáveis<br />

políticas e sociais, alguns autores são da opinião de desconsiderá-la no processo de GR. Inclui<br />

as seguintes fases:<br />

5. Requerimentos do edital;

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