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Capítulo 22<br />

Análise e gestão do risco<br />

Hernán Eduardo Martínez Carvajal<br />

Jorge Esteban Alarcón Guerrero<br />

André Pacheco de Assis<br />

1 Introdução<br />

Foi na década de 1950 que, pela primeira vez, propôs-se um modelo para a estimação<br />

do risco (Meng et al., 2010). Somente em 1975, com o Rasmussen Report (U. S. Nuclear<br />

Regulatory COMMISSION, 1975), foi apresentada a primeira metodologia PRA (Probabilistic<br />

Risk Analysis) desenvolvida para a indústria nuclear, constituiu-se na semente que<br />

gerou a forma como hoje é vista a análise do risco.<br />

Entretanto, na engenharia civil, somente nas últimas duas décadas tem sido comum a<br />

inclusão completa ou parcial da gestão do risco em diferentes tipos de problemas. As aplicações<br />

mais comuns referem-se: ao zoneamento sísmico; aos estudos de gestão do território,<br />

tais como zoneamentos de encostas em relação aos problemas de escorregamentos ou aos zoneamentos<br />

de regiões de inundação, e aos estudos de planejamento e administração urbana.<br />

Porém, há alguns trabalhos que visam à gestão do risco em algumas obras de grande porte,<br />

tais como barragens e túneis. Em termos gerais, obtém-se maior sucesso na gestão do risco<br />

aplicada ao primeiro grupo do que ao segundo. No último, o tema risco é um tema relativamente<br />

novo.<br />

Cabe neste momento abrir espaço para incluir algumas definições clássicas que permitirão<br />

esclarecer o significado dos diferentes termos usados neste capitulo. A Ameaça (A) é definida<br />

como a situação ou condição que apresenta um potencial de prejuízo humano, de danos<br />

à propriedade, de danos ao meio ambiente, de perdas econômicas ou atrasos na finalização da<br />

obra. O Risco (R) é a combinação da frequência de ocorrência de uma ameaça determinada<br />

e as consequências de sua ocorrência. Tais consequências, de forma geral, são consideradas<br />

dentro do que se conhece como vulnerabilidade (V), na qual estão envolvidos tanto o conceito<br />

de grau de exposição como o de fragilidade.<br />

Como definições derivadas das anteriores aparecem: (i) Análise do risco (AR), que não<br />

é outra coisa mais que o processo estruturado no qual é identificada a probabilidade e extensão<br />

das consequências adversas geradas por uma dada atividade; por outra parte está a (ii)<br />

Gestão do risco (GR), que é o processo que inclui identificação, avaliação, análise, eliminação,<br />

mitigação e controle do risco. Em geral, para todos os problemas de engenharia civil poderia<br />

ser usada a mesma Metodologia de Gestão do Risco (MGR); porém, há diferenças que devem<br />

ser consideradas no momento da análise do risco. Para estabelecer essas diferenças, serão se-

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